Mabel prioriza a saúde e projeta
R$ 1,3 bilhão para o setor em 4 anos
Candidata foi a terceira a participar da sabatina do Grupo aRede. A série de entrevistas está acontecendo desde segunda-feira (23), da qual já participaram: Marcelo Rangel (PSD) e também a candidata Elizabeth Schmidt (União)
Candidata Mabel Canto foi a terceira a participar de série de sabatina promovida pelo Grupo aRede
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Da Redação
O Grupo aRede realizou uma sabatina com a candidata à prefeitura de Ponta Grossa, Mabel Canto (PSDB), na manhã dessa quarta-feira (25). A série de entrevistas está acontecendo desde segunda-feira (23), da qual já participaram: Marcelo Rangel (PSD) e Elizabeth Schmidt (União).
Em sua chegada na sede do Grupo aRede, a candidata declarou estar muito feliz em poder expor as suas propostas e afirmou que o seu plano de governo foi montado ouvindo as pessoas. “Construímos um plano de governo que é eficiente e é possível de ser feito. Nós não temos nenhuma proposta que seja mentirosa e que não dê para cumprir depois”. Ela finalizou dizendo que, ao chegar na prefeitura, é necessário cumprir o que prometeu.
CONTRATOS
De início, Mabel falou sobre os contratos que a prefeitura possuí atualmente e disse que eles serão revisados e analisados. “Por exemplo, se a gente conseguir diminuir, nesse caso os alugueis, nós ganhamos”, informou. Ela também ressaltou que tudo o que estiver funcionando para o futuro de Ponta Grossa será mantido. “As obras que estão em andamento, principalmente as de asfalto, nós vamos terminar. A população não precisa se preocupar com isso”.
PROLAR
A candidata afirmou ser a favor da volta da Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar), por ser algo fundamental para ela. “A cidade é a segunda do Estado com o maior número de favelas. São 20 mil famílias esperando pela sua casa e 2 mil que estão em situação precária”. Dessa forma, Mabel acredita que a Prolar pode minimizar e resolver pelo menos parte desse problema. “Várias gestões fizeram esse programa. Você incrementa com um kit de construção inicial para a pessoa e ela vai construindo, inclusive, com apoio da família”.
PREPARAÇÃO
Quando questionada sobre um possível segundo turno, Mabel diz que está se preparando desde o dia em que nasceu. “Acompanhar os mandatos que eu passei com o meu pai, também faz parte de uma preparação”. Ela completa dizendo que conseguiu um trabalho muito sério e respeitoso na Assembleia Legislativa. “Eu faço parte de várias comissões temáticas, como a Comissão da Saúde, de Direitos Humanos, da Constituição da Justiça, que analisa a legalidade dos projetos. Então ao longo desse trabalho, a gente vai evoluindo”.
Como moradora de Ponta Grossa, Mabel confirmou que não votaria no candidato à prefeitura Marcelo Rangel. “Porque ele prometeu muitas coisas e não cumpriu. Hoje eu ando pelas ruas da cidade e vejo esse sentimento nas pessoas”. Para a candidata, quando um político promete e não cumpre, ele acaba contaminando todos os outros.
EMPREGO
Ela ressaltou que existem muitas áreas que precisam ser incrementadas para melhor a periferia do município, sendo uma delas a capacitacitação das pessoas para que todas tenham uma oportunidade de emprego. “Os jovens precisam receber essa capacitação de uma maneira diferente, pois hoje os jovens são tecnológicos, então nós temos que levar cursos e descentralizar essa capacitação”. Como exemplo, Mabel destacou os jovens do Jardim Paraíso, o qual era considerado um bairro violento, conforme a candidata. “Foi feito um projeto de capacitação em um ginásio, oque fez com que esses jovens não ficassem nas ruas nem a mercê das drogas”, contou.
SAÚDE
A candidata destacou que uma de suas prioridades é iniciar um processo de estudos do novo Hospital Municipal, que será no 26 de outubro. Nós vamos fazer uma audiência pública. “Toda obra do nosso governo, será discutida com a população. A segunda medida é fazer um convênio com os hospitais de Ponta Grossa, para garantir mais leitos para os munícipes”. Ela disse que o problema atual na área de saúde é que os pacientes de Ponta Grossa estão sendo encaminhados para outras cidades, para serem internados e para fazerem cirurgias. “Eu acho isso um absurdo, infelizmente em decorrência do caos da saúde que nós temos hoje. Eu já consultei os hospitais do município e a prefeitura bancará esses leitos, até que o nosso Hospital Municipal fique pronto”.
Sobre a restauração do prédio em que abrigará o Hospital Municipal, Mabel confirmou que já entrou em contato com arquitetos do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compac), sendo o órgão responsável pela restauração dos imóveis tombados. “Nós estimamos que essa reforma e mais a construção do anexo que nós vamos fazer no hospital, ele tem em média um custo de R$ 100 milhões. E a gente tem um orçamento público estimado de R$ 1,3 bilhão para os próximos quatro anos, só na área da saúde”, comentou. A candidata relatou que a casa hospitalar será mantida com R$ 5 a 6 milhões por mês. “A gente quer um hospital de portas abertas para que as pessoas sejam atendidas”.
Mabel ressaltou que a saúde é uma área que não se economiza e, para ela, esse hospital será um investimento para a cidade. “Eu quero cobrar a reabertura do Pronto Socorro Municipal, porque o governador prometeu que vai reabrir.
A respeito da fila de espera de mulheres para a realização de um ultrassom, Mabel contou que está em torno de 450 a 500 mulheres. “É uma fila que dá para zerar perfeitamente. Hoje temos mulheres que não conseguem fazer o ultrassom ou então não conseguem levar o exame até a reconsulta com o médico. Isso é vergonhoso porque é um exame muito simples de ser feito”.
A candidato comentou que antes de uma gestão plena na saúde, é necessário organizar o nosso sistema. “A gente tem poucas informações dos próprios pacientes. Então, temos que fazer esse reajuste, essa remodelação e a partir daí conversar com todos os serviços de saúde da nossa cidade”.
TRÂNSITO
Em relação ao trânsito próximo ao 26 de outubro, sendo o possível local do Hospital Municipal, a candidata fala que será realizado um estudo do sistema viário em toda a cidade e, para ela, é o grande problema de Ponta Grossa. “Temos que utilizar as nossas universidades, com técnicos e engenheiros, além do Iplan, que é um órgão importantíssimo”. Ela relembrou que várias ligações interbairros são necessárias, para que o trânsito de Ponta Grossa seja descentralizado.
TRANSPORTE PÚBLICO
Mabel relatou que, no momento, o transporte público da cidade tem muitos problemas, inclusive jurídicos. “A concessionária, a empresa está cobrando um reajuste do contrato de quase R$ 300 milhões. Então, essa é uma situação difícil e a gente precisa avaliar o que acontecerá”. No entanto, Mabel destacou que no próximo ano, planeja fazer uma licitação que seja boa para o usuário.