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Diretamente ligado ao setor, por ser empresário no ramo, dono de imobiliária e construtora, o presidente da Associação Paranaense de Construtores (APC), Ariel Tavares, que mora em Ponta Grossa desde 2015, detalha todo o ciclo de movimentação econômica. Somente em materiais, por exemplo, vai do bruto e intermediários (areia, pedra, cimento, ferro, vidro, tijolo), até os processados (fios, interruptores, pisos, entre outros). “O crescimento imobiliário resulta em várias vertentes de desenvolvimento da cidade como um todo. Por exemplo, a pessoa, ao fazer a casa, movimenta a contratação de engenheiro, arquiteto, recolhe taxas, alvarás, e durante a construção em si movimenta toda a cadeia, com mão de obra, compra de materiais de construção…”, recorda.

O presidente da associação também chama a atenção para a origem dos recursos. “Para um financiamento bancário, por exemplo, da Caixa, vem dinheiro de todo o Brasil. Quem financia alto padrão pelo Bradesco, Itaú, Santander, vem dinheiro de fora. Diferente do comércio, por exemplo, que circula dinheiro daqui. Então a construção traz dinheiro de fora e faz a cidade crescer”, informa Tavares.

Quanto à arrecadação de impostos, o setor contribui não apenas durante o período da obra, com a geração de ISS, mas também com a geração do ITBI no ato em que as empresas adquirem os terrenos, e depois quando o morador compra a casa. Por fim, há um aumento na base de receitas da cidade, com o pagamento anual, por parte de cada imóvel, do IPTU. Todos esses impostos são recolhidos em âmbito local e compostos no orçamento do município. Valores que retornam aos munícipes em diversos aspectos, com investimentos em diversas áreas, como saúde, educação, infraestrutura, entre outros, explica o secretário municipal de Fazenda, Claudio Grokoviski. “E além desses impostos municipais, o aquecimento no mercado local de materiais de construção gera ICMS, então é uma cadeia econômica muito grande que ajuda no crescimento da cidade”, avalia.

PG Competitiva