Ponta Grossa viveu, desde 2010, um movimento de verticalização jamais visto antes. O resultado é visível para qualquer pessoa que more na cidade desde 2010, ou visitou Ponta Grossa há uma década e agora retorna: o ‘skyline’ da cidade está com uma quantidade muito maior de edifícios, maiores e mais modernos, que saem do Centro e ganham os bairros. Carlos Ribas Tavarnaro, vice-presidente regional dos Campos Gerais do Secovi, destaca que a verticalização está sendo atendida por construtoras da cidade, com inspirações arquitetônicas e atributos de prédios de Curitiba e Balneário Camboriú.
Até mais recentemente, a cidade tinha como seu maior prédio o Vila Velha, construído no Centro, na década de 1970, na avenida Vicente Machado, com 25 pavimentos. Nesta década de 2010, a hegemonia foi quebrada, com a Construtora JMC lançando o Onyx, o primeiro prédio na casa de 30 andares, no Centro, inaugurado em 2018. Depois, a construtora LCS inaugurou o Cotê d’Azur, com 33 pavimentos. No momento, a LCS está em fase de conclusão de outro projeto que se tornará ainda maior que eles, o Vívere, com 36 pavimentos, que já atingiu sua altura máxima, localizado em frente ao Muffato Olarias.
Contudo, ambos ficarão pequenos perto do Vogue Square Garden, em construção em Oficinas pela LCS, com 50 andares, para se tornar um dos maiores prédios do Paraná. E idem do Superquadra Central, projeto da Philus Engenharia na região da Avenida dos Vereadores, o qual terá altura total de 204 metros, e se tornará um dos maiores do país. Este último projeto está em fase de conclusão do estudo de viabilidade. Mas esses são apenas alguns entre tantos já entregues e de outros em construção ou a serem iniciados. Levantamento feito por Júlio César Rosas (Julinho) e integrantes do fórum Skyscrapercity na internet, na thread de Ponta Grossa, aponta que há quase 80 prédios em execução ou já lançados, por serem iniciados. A maioria, mais de 50, está em construção. Há 10 empreendimentos com 30 ou mais andares, e outros 11 entre 20 e 30. Entre as construtoras que executam tais projetos, além da LCS, Philus e JMC, estão a ECB, Miquelão, KZ, MM, Ilhabela, Base Forte, Legacy, RMM, Merhy, Baza, RF Barbur, Rio da Prata, Unisul/M.Milleo, Next, MH3, Atlante, Laar, Reque, CBSUL, Monteiro, VB, Labre. São projetos residenciais, comerciais e serviços, como hotéis - como do Ramada, em fase de acabamento. “Há uns dois ou três anos, uma pesquisa mostrou que Ponta Grossa estava, proporcionalmente, na terceira posição entre as cidades que mais cresciam verticalmente no Brasil”, recorda José Vilmar Tozetto Jr, coordenador regional do Crecicon. Há edifícios desenhados por renomados escritórios de arquitetura, como Dória Lopes Fiuza, Roesler & Kredens, e arquitetos que se consolidaram na cidade, como Luiz Carvalho Silveira, Ana Rúbia Miquelão, entre outros, em empreendimentos que, com suas belezas, contribuem para desenhar a Ponta Grossa do futuro, as características pelas quais a cidade ficará conhecida. “Os prédios mais altos cresceram principalmente em razão da modalidade de administração a preço de custo, que é investimento puro, que caiu no gosto do ponta-grossense. A cidade estava carente de prédios de primeira linha, e passou a entregar produtos compatíveis com os de grandes centros”, diz Tavarnaro.