1509-PG-2001

VALORIZAÇÃO RESIDENCIAL SUPEROU 150% DESDE 2010

Quanto aos preços, o levantamento disponibilizado pelo Inpespar à Revista PG Competitiva traz os dados desde janeiro de 2010, quando o mercado estava aquecendo pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Naquela época, o preço médio do metro quadrado do imóvel residencial na cidade era de R$ 1.112, valor que mais que dobrou na comparação com dezembro de 2020, superando 150% e chegando a R$ 2.801. O preço médio dos terrenos subiu ainda mais, 234%, passando de R$ 180,30 para R$ 602,91. Mas nada superou a alta dos imóveis comerciais, que mais que triplicaram, passando de R$ 949 para R$ 3.272, em uma elevação de 244%. Porém, chama a atenção a inflação acumulada nos últimos meses, desde o início da pandemia. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), medido pela FGV, utilizado como base para o reajuste dos contratos de aluguel, fechou o primeiro semestre de 2021 com uma alta acumulada de 35,75% em 12 meses, após atingir um pico de 37,04% no mês anterior (maio). Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), da FGV, usado para o reajuste de financiamentos imobiliários, no acumulado de 12 meses chegou a 17,35% ao final do semestre, na maior alta desde 1995. Esse movimento trouxe dois reflexos para obras em execução: benefício para quem comprou no ano passado, por ganhar valorização no imóvel, e dor de cabeça aos construtores, que venderam por um preço ao cliente e hoje estão pagando um preço mais alto pelos insumos para a construção. “Esse é um dos maiores desafios que enfrentei. Está difícil, porque resta puxar um pouco para cima o preço das unidades que não vendi, para tentar equilibrar a conta. Mas é um momento que vai passar”, diz Breno Prestes, CEO da Construtora Prestes. Tudo isso refletiu na alta dos imóveis, em construção e prontos, que valorizaram: desde o início de 2020, Ariel Tavares, presidente da Associação Paranaense de Construtores (APC), explica que houve uma alta média de 15 a 20% na cidade.

PG Competitiva