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Ahumanidade viveu, em 2020, um dos anos mais atípicos de sua história recente. Em março, a OMS declarou o coronavírus (Covid-19) como uma pandemia mundial, impactando diretamente na economia de todos os países. Em Ponta Grossa, por decreto municipal, quase tudo parou ao final de março. E as pessoas se viram obrigadas a viver um tempo muito maior em casa. Contudo, não é porque a pandemia impactou diretamente em inúmeros setores da economia, especialmente no comércio, que a construção civil teve retração. Pelo contrário: muitas construtoras tiveram, em 2020, seu melhor ano de vendas. E o detalhe é que 2021 está sendo ainda melhor.

Um desses exemplos é da Construtora Prestes. No primeiro semestre do ano passado, o período mais impactado pela pandemia, a empresa registrou um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 120,86 milhões em Ponta Grossa, montante recorde que saltou para R$ 170,86 milhões neste ano. A própria Caixa Econômica Federal, maior banco financiador de imóveis do país, fechou 2020 com um resultado recorde no crédito imobiliário, mas neste ano, teve um primeiro semestre 36% melhor do que o de 2020, contabilizando R$ 65,4 bilhões em concessões de crédito no Brasil.

Um número que mostra e comprova a evolução da movimentação no mercado imobiliário local é o crescimento na arrecadação do ITBI, que é o Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis. Em 2016, o valor recolhido foi de R$ 17,7 milhões, valor que em quatro anos, subiu para R$ 28,99 milhões em 2020, em elevação de 63,67%. Tendência de alta que está mantida em 2021: de janeiro a julho, foram recolhidos R$ 16,29 milhões, o que proporcionalmente representa uma alta de 12,4% sobre a média de 2020.

Ao mesmo tempo que há alto volume de compra, há uma grande explosão na entrega de empreendimentos, como mostram dados de um levantamento realizado pelo Instituto Paranaense de Pesquisas do Mercado Imobiliário do Paraná (Inpespar), integrante do Sistema Secovi Paraná. Eles indicam que o total de imóveis prontos à venda em Ponta Grossa saltou de 1.672, em janeiro de 2012, para 9.025 em dezembro de 2020. Isso significa que o número cresceu mais de cinco vezes, representando uma alta de 439%. A maior alta foi na oferta de terrenos, que saiu de 339 unidades à venda em janeiro de 2012 para 2.116 em dezembro de 2020, ou seja, alta de 524%. No segmento comercial, a oferta passou de 72 para 400 (+ 455,5%) e no âmbito residencial houve um crescimento de 5,2 mil imóveis à venda, de 1.261 em janeiro de 2012 para 6.509 em dezembro de 2020 (aumento de 416%).

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