1509-PG-1601

AGRONEGÓCIO CRESCE E IMÓVEL PASSA A SER VISTO COMO INVESTIMENTO

Carlos Ribas Tavarnaro, vice-presidente regional do Secovi, menciona dois fatores interligados: o crescimento do agronegócio, que fomenta a aquisição de imóveis como forma de investimento, especialmente em prédios. Empreendimentos os quais puderam ficar mais altos a partir de 2013, com a flexibilização na lei de zoneamento - que se tornou outro fator. Até então, estava autorizada a construção de prédios com até 15 andares. “Ponta Grossa estava carente de prédios de primeira linha, e a partir de então passou a entregar prédios compatíveis com os de grandes centros. O agronegócio da cidade e região capitaliza um grande número de investidores, especialmente em prédios a preço de custo. O perfil do ponta-grossense é conservador e investir em imóveis é sempre um porto-seguro para quem tem dinheiro para investimento”, diz. Um levantamento da Construtora JMC, de Ponta Grossa, que acompanhou o preço de cinco empreendimentos seus, apontou para uma valorização média de 74% no período de apenas dois anos - o que mais valorizou, por exemplo, foi o Monet, com alta de 87%. Valores, pelo menos, cinco vezes superiores ao rendimento da poupança no período. Paulo Chueire, sócio-proprietário da JMC, também atribui a constante e alta demanda de imóveis ao movimento cíclico do mercado. “A partir que a pessoa tem certa idade, tem demanda de comprar seu primeiro imóvel. Depois de alguns anos, ao constituir família, há a demanda de um upgrade de imóvel. E depois há o downgrade, para quem já tem mais idade, os filhos já moram fora, e querem sair da casa grande. Então esse giro consome bastante, mesmo sem grande aumento populacional”. Já Fábio Miquelão, diretor da Construtora Miquelão, também vê a expansão da cidade, o aumento populacional, e a vinda de investidores de fora para comprar imóveis como fatores. Ele explica que a Construtora Miquelão trabalha por ‘empreitada’, cuja venda é feita por um valor final (diferente do modelo ‘a preço de custo’, que sofre reajustes), e que neste modelo que atua, 75% dos compradores são moradores finais e 25% são investidores. Desses seus clientes, ele menciona uma expressiva participação de compradores de fora de Ponta Grossa. “A proveniência é 60% de Ponta Grossa, 35% da região e 5% de outras regiões do estado ou do país”, assegura.

PG Competitiva