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Segmento. Setor da construção civil foi o que mais cresceu, em vagas de emprego, em 2019 | Foto: Arquivo JM

EMPREGO >> MAIS DE 2,4 MIL VAGAS FORAM CRIADAS EM UM ANO

Número de trabalhadores formais em PG atinge 90 mil

Ponta Grossa atingiu, ao final de 2019, o maior número de trabalhadores registrados com carteira assinada

FERNANDO ROGALA

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OMunicípio de Ponta Grossa superou, ao final de 2019, a marca de 90 mil trabalhadores formais. O valor, de exatas 90.320 pessoas com carteira assinada, é o maior da história para o município, finalmente superando, no decorrer do ano passado, o recorde anterior, de 88,3 mil, registrado ao final de 2014. Os dados mostram que, no acumulado do ano passado, o número total de novas vagas de trabalho criadas e preenchidas foi de 2.425 – ao final de 2018, o estoque total de trabalhadores na cidade era de 87.895. Os números são RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) 2019, cadastro administrativo realizado pelo Ministério da Economia, que foi divulgado nesta semana.

No período de seis anos, entre 2013 e 2018, o estoque total de trabalhadores em Ponta Grossa variou em três mil para mais e para menos. Em 2014, ano que teve início a crise econômica, foi registrado o pico de empregos (88.367), valor que caiu em 2015 e chegou ao mínimo em 2016, com a perda total de pouco mais de 3 mil vagas, totalizando a 85.211 trabalhadores empregados formalmente (retração de 3,5% em dois anos). No ano seguinte, em 2017, houve um aumento, de 400 vagas (0,4%), enquanto que de 2017 para 2018 a alta foi maior, na casa de 2,6%, para chegar a 87.895 trabalhadores formais – ainda 472 abaixo do estoque total ao final de 2014. Somente em 2019 houve a superação dos valores da pré-crise e finalmente houve um aumento real. Em uma análise setorial, de acordo com a divisão do CNAE 2.0, que lista 19 segmentos diferentes (agro, indústrias extrativistas, indústria, água e esgoto, construção, comércio e reparação de veículos, transporte, alojamento e alimentação, informação e comunicação, atividades financeiras, atividades imobiliárias, atividades administrativas, administração pública, educação, saúde e serviços sociais, arte cultura e esporte, serviços domésticos e outras atividades), 12 apresentaram crescimento. O setor que mais cresceu em 2019, na comparação com 2018, foi o da construção, com aumento de 19,94% no número de empregados, saltando de 5,1 mil para 6,1 mil. Logo depois, destaca-se a alta da informação e comunicação, com 19,4% (de 930 para 1.111), e atividades financeiras, de 18,3% (1.317 para 1.558). Entre esses 19 setores listados, o comércio (incluindo reparação de veículos) é o setor que mais emprega, com 22,6 mil pessoas. Esse valor é superior ao montante de 21,6 mil registrado no setor em 2017, mas ainda inferior aos 24.555 empregados no setor ao final de 2014. Logo depois aparece a indústria de transformação, com um total de 15.675 empregados formalmente, valor que caiu 0,94% em relação a 2018 (15.824). O valor mínimo de trabalhadores da indústria foi registrado em 2016 (14.961), e o máximo foi registrado em 2014 (16.128). Outro setor de destaque é o transporte, com 8.589 pessoas empregadas, o maior já registrado, inclusive superior aos 7.812 trabalhadores registrados em 2014.

Além da indústria, os outros setores que registraram retração em 2019, na comparação com 2018, foram o agro (- 4,99%), indústrias extrativas (-17,4%), atividades administrativas (-2,4%), administração pública (-0,18%) e outras atividades de serviços (-6,9%). A nível nacional o emprego formal apresentou uma alta de 1,98% em 2019, com criação de 923.096 empregos, totalizando 47,55 milhões de empregos. O estado do Paraná, que é o 4º maior empregador do Brasil com 3.171.005 empregos, apresentou uma alta de 3,28%, com a criação de 100.598 empregos.

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