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OUTRAS APLICAÇÕES E O FUTURO DO

PODER JUDICIÁRIO

No Paraná, o gerenciamento da Justiça usa outros sistemas que facilitam procedimentos internos e otimizam tempo e recursos. “O Hércules faz toda a movimentação de pessoal, desde a contratação do estagiário de nível médio até rodar a folha de pagamento do Tribunal”, explica o desembargador. Já o Hermes, também utilizado dentro do TJPR, ajuda a lidar com o fluxo de material dentro do Poder Judiciário. “Além disso, a digitalização do Judiciário reduziu drasticamente o consumo de papel, caneta e outros materiais”, analisa. “Todos os nossos telefones são em VoIP [Voz sobre IP], então nossa conta telefônica caiu de R$ 3 milhões para pouco mais de R$ 100 mil, então otimiza e poupa o dinheiro público também”, completa. Além de supervisionar o setor de TI do TJPR, Dalla Dea também faz parte de um grupo de estudos que lida com inteligência artificial ligada ao Judiciário e, para ele, é justamente aí que está o futuro da Justiça. Determinados tipos de processos que passam diariamente pelo Tribunal serão melhor gerenciados com o desenvolvimento de uma ferramenta que utilize inteligência artificial, segundo o desembargador. Como exemplo, ele cita os mais de 800 mil processos que envolvem a área de Fazenda Pública com executivo fiscal - aproximadamente 27% do total de ações em andamento no Projudi. “Se tiver um bot ou um programa de inteligência artificial que possa ver, por exemplo, as prescrições dessas dívidas, ou otimizar a cobrança delas com relação a créditos que os eventuais devedores tenham com o Estado ou o Município, isso geraria mais receita para o estado e menos tributo para o cidadão comum”, esclarece o desembargador. Por isso, para ele, os pesquisadores da área de tecnologia no Judiciário devem trabalhar com o pensamento de otimizar as ações de massa. “O futuro é esse, é usar as ferramentas para diminuir o volume de processos não bloqueando-os na Justiça, mas julgando-os rapidamente”, conclui.

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