Editorial
Repressão ao tráfico
Da Redação | 23 de outubro de 2015 - 03:59
Tão importante quanto à captura de armas de fogo, é a apreensão de material entorpecente. Os dois matam, em maior ou menor tempo, escala ou proporção, acabando com famílias e deteriorando a sociedade. Neste sentido, deve-se exaltar o empenho das autoridades da área de segurança, em Ponta Grossa, em ações repressivas – ou preventivas - com este propósito. Nos últimos dias a PM tem realizado diversas apreensões, enfraquecendo o negócio dos traficantes.
A apreensão de drogas, seja em grande ou pequena quantidades, reveste-se de importância, sobretudo pela ação específica da polícia para combater o traficante e seus associados. Este bandido é pernicioso, não tem ética, mata sem razão e alimenta outros tipos de crimes, como arrombamentos, assaltos e assassinatos. Por outro lado, trabalha com a incisiva ideia de cooptar crianças e adolescentes, para fazer parte da rede. O pai e a mãe que frequentam delegacias, cadeias e fóruns criminais relatam este fenômeno com mais legitimidade.
Mas, para as autoridades apreenderem drogas e salvarem vidas, a estrutura policial tem que ser melhorada - e muito. Além da contratação de mais policiais, o governo precisa investir em tecnologia, aparelhando as delegacias, o Instituto de Criminalística e o Instituto Médico Legal. Oferecer cursos de capacitação e especialização aos policiais é outra medida inteligente. A efetiva operacionalização da Denarc é imprescindível. A sociedade denunciando e as forças policiais agindo em conjunto, os resultados serão satisfatórios.
É importante frisar que a droga é muito mais um problema social do que policial. Assim, em nada adianta a eficiência da repressão se a prevenção não acontecer. Os governos municipal, estadual e federal têm a obrigação de estruturar as clínicas de recuperação e contratar profissionais especializados para prestar um atendimento adequado à população – em especial a carente.
Há uma promessa do governo federal em investir até 2016 um total de R$ 4 bilhões no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. O dinheiro será aplicado em diferentes ações de políticas públicas integradas.