Editorial
Olhar para o traçado urbano rodoviário de PG é mais urgente
Da Redação | 01 de novembro de 2025 - 01:35
Alterar ou não o traçado dos novos contornos rodoviários de Ponta Grossa é uma discussão improdutiva, pelo menos agora, e não está entre os temas de relevância, na pauta da sociedade. A urgência é buscar soluções para o traçado rodoviário, para reduzir os acidentes (em especial os atropelamentos) e garantir maior segurança para condutores e moradores das regiões impactadas pelo alto fluxo de veículos nos perímetros urbanos das BRs 373 (Avenida Souza Naves); 376 (Avenida Presidente Kennedy) e PR-151 (Senador Flávio Carvalho Guimarães).
Na proposta da nova concessão, Ponta Grossa ganhará dois novos contornos, Norte e Leste, em um total de 42,35 quilômetros de pistas duplicadas, com duas faixas de tráfego para cada sentido. Os contornos iniciam no trevo da BR-373 com a BR-376, cruzam com a PR-151 e PR-513, até retornar à BR-376, já no bairro Cará-Cará, sendo uma alternativa completa para retirar o tráfego de veículos pesados locais e de longa distância do centro do município.
O Contorno Norte de Ponta Grossa, previsto para o 6º ano da concessão, terá extensão de 14,65 quilômetros, iniciando com um trevo rodoviário na atual interseção em nível entre a BR-373 e a BR-376 (Rodovia do Café). No km 1 do contorno será implantada uma Passagem Superior sobre a ferrovia, e no km 4 um viaduto do tipo Parclo, para condutores trocarem de sentido utilizando a interseção em desnível.
O Contorno Leste de Ponta Grossa terá 27,7 quilômetros de extensão e está previsto para o 7º ano de concessão. Ele tem início na PR-151, na mesma altura do Contorno Norte, onde será implantado um novo trevo rodoviário. No km 1 também será implantada uma Passagem Superior sobre linha de trem e outra no km 2, sobre o acesso a Terras Alphaville, seguida por duas pontes sobre o Rio Pitangui e um viaduto Parclo, todos no km 3.
A proposta de alteração dos traçados é do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Ponta Grossa (CDEPG). O documento, assinado em conjunto com outras entidades locais e encaminhado para o Grupo CCR (responsável pela concessão), apresenta uma alternativa que, segundo a entidade, seria mais adequada sob os pontos de vista urbanístico, ambiental e logístico.
Os contornos rodoviários estão garantidos e serão necessários para resolver, em parte, os problemas originados pelo traçado urbano. Se há 10 anos as rodovias estavam no entorno de Ponta Grossa, hoje elas se encontram praticamente no meio da cidade, e isso é muito preocupante. São acidentes diários. O mais recente aconteceu perto do viaduto do Núcleo Santa Paula, com resultado de óbito. É uma tragédia social.