Editorial
A área de saúde sempre foi um campo minado
Da Redação | 04 de maio de 2022 - 02:27
Embora audaciosa e possivelmente apressada em dar uma satisfação à sociedade sobre os graves problemas na área de saúde do Município, a prefeita Elizabeth Schmidt (PSD), pode ter tomado uma decisão errada ao anunciar que ela mesma comandará a presidência da Fundação Municipal de Saúde, por tempo determinado. É uma área complicada, que precisa ser administrada por um profissional da área. Quanto antes essa pessoa for nomeada, os problemas podem perder a intensidade e quem sabe resolvidos.
Ponta Grossa fechou o Hospital Municipal Amadeu Pupi (o Pronto Socorro), sem saber se as duas unidades de pronto atendimento (Santa Paula e Santana) teriam condições de prestar os serviços almejados pela população. O fechamento do Hospital da Criança gerou muitos transtornos aos pais. Em relação às unidades básicas de saúde, o descontentamento sempre existiu.
Nessa terça-feira (3), a prefeita anunciou cinco novas medidas para reorganizar o sistema municipal de Saúde do município, com foco principal na implantação de um novo modelo de planejamento e gestão para a saúde. Nesta perspectiva, ela determinou a retomada do atendimento infantil, com a transformação da Unidade de Saúde Sady Silveira, em Centro de Atendimento da Criança.
Na teoria, essa unidade deve funcionar diariamente para atendimento exclusivo às crianças. Isso será possível graças à economia e ao corte de gastos em 25% adotamos no início desse ano. O Centro de Atendimento da Criança trabalhará integradamente com as UPAS e com o Hospital Materno Infantil gerido pelo Estado, que deverá aumentar de 5 para 15 leitos de internamento.
Outra medida confirmada pela prefeita é a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro de Uvaranas, que funcionará próximo ao terminal do transporte público. Este é um projeto para o próximo ano, quando Ponta Grossa comemorará seus 200 anos.
No papel, são projetos interessantes. Resta saber se o funcionalismo vai se esforçar para prestar os serviços de excelência. Como o ano é eleitoral, tem muito político que torcerá para tudo dar errado para, de alguma forma, tirar proveito da situação. A prefeita deve se preparar exaustivamente para este novo desafio.