O ‘gripário’ da FMS tem números preocupantes

A fila do Centro de Atendimento de Sintomas Respiratórios, no Ginásio de Esportes Oscar Pereira, em Ponta Grossa, beira um ‘caso de polícia’. Aglomeração, pessoas sem máscaras (ou com máscaras na testa, ou pescoço); gente com bebê no colo e muita criança correndo pelo local. O imprescindível distanciamento não existe. A ideia de criar o ‘gripário’ não é ruim, mas é preciso atentar para uma organização para que os casos da covid não fujam de controle.

Uma informação repassada pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), chama muito a atenção. Foram 565 pessoas atendidas no ginásio apenas na segunda-feira (24) e deste total, 230 testaram positivo para a covid-19. Essas pessoas estão fazendo o vírus circular na cidade, potencializando a propagação. E, ao que parece, não existe agora uma estratégia alinha à conscientização e à prevenção.

Em decorrência da necessidade de realocação de equipes para atendimento no gripário e o número de profissionais de saúde afastados, algumas unidades de saúde estão com suas atividades paralisadas temporariamente. Nessas unidades, agentes comunitários ou de endemias permanecerão o dia todo para orientar a população que procurar o serviço. 

As unidades de saúde abertas, atenderão prioritariamente e sem distinção de microáreas, as gestantes (independente do risco), as puericulturas de alto risco, renovação de receitas controladas, renovação de receita de hiperdia e acolhimentos conforme protocolo, além dos pacientes com sintomas respiratórios da sua área de abrangência e na referenciada à sua UBS que procurarem o serviço.

O Centro de Atendimento de Sintomas Respiratórios ficará instalado por até 60 dias na estrutura do Ginásio Oscar Pereira, realizando acolhimento, testagem, medicação e recomendação de isolamento dos casos suspeitos e confirmados, desafogando os demais pontos de atendimento.  Mas, pode ser um erro de estratégia. A reclamação da população indica uma insatisfação. Tem muita gente que vai ao gripário e não recebe atendimento.