Editorial
A pouca publicidade do megaempreendimento
Da Redação | 05 de junho de 2021 - 02:54
Uma reportagem investigativa do Portal aRede e Jornal da
Manhã, publicada na edição desta quinta-feira (3), esmiúça um megaempreendimento
de R$ 200 milhões (valores atualizados nesta sexta-feira), que deve nascer na
região do Bairro Cará-Cará, no entorno do Distrito Industrial de Ponta Grossa.
Não se discute a imponência do projeto e nem os benefícios
que ele poderá trazer à economia ponta-grossense quando efetivado. Chama a
atenção o silêncio da Prefeitura e da Câmara na aprovação de um projeto de lei
votado ano passado e que transformou áreas agrícolas em zonas comerciais,
justamente para viabilizar Smart City Ponta Grossa. Tudo foi feito sem alarde.
O conceito consiste na construção de uma cidade sustentável,
de forma a ter tudo próximo, para evitar deslocamentos maiores: residências,
instituições de ensino, pontos comerciais, empresas, indústrias de baixo
impacto ambiental, hospital, entre outros. Assim, será possível estudar,
trabalhar e viver próximo onde mora. Tudo isso numa área de quatro milhões de
metros quadrados.
A intenção é construir um bairro planejado com uma visão
diferente de loteamento, pautado pela máxima mobilidade urbana, segurança
pública, sustentabilidade em consonância com o meio ambiente, fortalecendo a
economia local em áreas específicas para a instalação de centros comerciais,
centros empresariais, agregando comodidade e lazer aos moradores, reduzindo os
custos de transporte.
Outro detalhe apurado pelo Portal aRede e JM chama a
atenção: dois grandes investimentos deverão sobrevalorizar e contribuir para
viabilizar o empreendimento ‘Smart City Ponta Grossa’. Um deles é questão de
tempo para ser executado, o Contorno Norte da cidade, que irá desviar o fluxo
‘pesado’ do trecho urbano da cidade; e o outro é a escolha de Ponta Grossa para
receber a Escola de Sargentos das Armas (ESA) do Exército Brasileiro – o
município disputa para sediar a ESA especialmente com o município gaúcho de
Santa Maria. No momento ainda não há a certeza do local da
instalação. Somados esses dois investimentos, o aporte seria superior a R$ 2,1
bilhões.
A proposta é ambiciosa. A população espera que este projeto
gere emprego, renda, qualidade de vida e contribua significativamente para o
desenvolvimento socioeconômico do Município.