Editorial
Medidas restritivas não podem ser ignoradas
Da Redação | 29 de maio de 2021 - 02:45
Parte da população se mostra resistente aos decretos e
medidas restritivas impostos pelos governos municipal e estadual. Setores
alegam prejuízos financeiros, pessoas insistem em manter atitudes como se a
doença não existisse e outras são insensíveis ao atual cenário trágico de
mortes e de hospitais lotados.
A questão é: nenhuma norma terá os resultados esperados e se as orientações das autoridades sanitárias não forem seguidas em sua plenitude. Não adianta fazer a higienização correta e aos finais de semana frequentar baladas ou eventos sem máscaras. Não tem lógica incentivar o isolamento social e propositalmente fazer aglomerações.
Na quinta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro requereu à Corte Constitucional a suspensão das medidas restritivas adotadas nos últimos dias pelos Estados do Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A justificativa da Advocacia Geral da União foi no sentido de que há "violação aos princípios democráticos, do Estado de Direito, da legalidade e da proporcionalidade, bem como por afronta aos direitos fundamentais ao trabalho, à livre iniciativa e à subsistência".
Ainda, segundo a AGU, "é notório o prejuízo que será gerado para a subsistência econômica e para a liberdade de locomoção das pessoas com a continuidade dos decretos de toque de recolher e de fechamento dos serviços não essenciais impostos em diversos locais do país. Há prejuízos devastadores de toda ordem, com afetação de empregos, de empresas, da segurança doméstica, do desenvolvimento cognitivo das crianças e da saúde emocional das pessoas etc.
Muito embora o presidente tenha suas percepções, o implemento de regras de comportamento adicionais como forma de enfrentamento à pandemia é imprescindível para o controle da doença. Neste cenário tão preocupante, são necessárias duas questões básicas: a população deve respeitar rigorosamente os decretos e denunciar ações incorretas. E, principalmente, seguir as regras sanitárias.
Na quinta-feira (27), a Prefeitura de Ponta Grossa anunciou um novo decreto de combate à pandemia da covid-19. A principal mudança é no aumento de multa e fiscalização, para quem descumprir as medidas de enfrentamento ao coronavírus. Diferente das medidas estaduais, o município permanece com as atividades funcionando, como vem acontecendo, além de o toque de recolher continuar das 23h às 5h, diariamente.