Editorial
Finalmente o PR define o novo modelo de pedágio
Da Redação | 22 de maio de 2021 - 02:06
O alinhamento do Estado com o Governo Federal sobre o novo modelo de concessão do pedágio foi decisivo para a tarifa menor. Havia uma força-tarefa em torno dessa questão. A população paranaense venceu. A preocupação, agora, é com o tempo: será que a licitação acontece até novembro deste ano, quando os atuais contratos se encerram? A modelagem precisa da aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) antes de a licitação ser homologada, último passo para a proposta chegar à Bolsa de Valores de São Paulo (B3) para o leilão técnico.
Governador Ratinho Junior afirma que sim. Independentemente da velocidade do novo processo licitatório em andamento, projetado em parceria com o Governo Federal, as empresas que administram os trechos precisam encerrar os serviços no último dia do acordo. Caso a concessão ainda não esteja definida, finalizada, o Estado vai ser responsável pelos serviços, pela manutenção das rodovias até que as novas empresas passem a operar legalmente.
O novo processo de pedágio nas estradas que cortam o Paraná será baseada na menor tarifa oferecida ao usuário, sem limite de desconto na disputa na Bolsa de Valores, ajustando a modelagem de acordo com o anseio da sociedade paranaense – a proposta está alinhada ao documento proposto pelo G7, grupo das principais entidades do setor produtivo estadual.
O Ministério da Infraestrutura, responsável pela elaboração do projeto, deixa de lado o chamado modelo híbrido, organizado em torno da menor tarifa de pedágio, mas com limite de desconto, seguido de maior valor de outorga.
O modelo prevê investimentos de R$ 42 bilhões em 3,3 mil quilômetros, com a duplicação de 1.783 quilômetros (90% até o sétimo ano do acordo), a construção de 10 contornos urbanos, 253 quilômetros de faixa adicional nas rodovias já duplicadas e 104 quilômetros de terceira faixa para apoio ao trânsito. A proposta contempla, ainda, sinal de wi-fi em todos os trechos de estradas, câmeras de monitoramento e iluminação em LED. As novas concessões têm validade de 30 anos.