Números da covid sobem mesmo com as restrições

Mais do que se posicionar sobre o fim ou continuidade do lockdown, em Ponta Grossa, o governo municipal terá que explicar à população se a medida resultou os objetivos almejados. Foi um decreto severo. Essa suspensão da atividade comercial, mesmo que por período determinado, pode custar o emprego de centenas de ponta-grossenses e pode fechar muitas lojas. Se vidas forem preservadas, se os hospitais forem desafogados e se o número de óbitos e contaminação pela covid diminuírem, este ato deve ser referendado. 

Matéria publicada hoje pelo Jornal da Manhã mostra que uma semana depois de a prefeitura de Ponta Grossa decretar medidas mais restritivas para o enfrentamento da covid-19, o número de casos confirmados se mantém em alta. Só nas últimas 24 horas foram 253 novos casos de infecção pelo coronavírus. No total, 27.937 pessoas já contraíram o vírus na cidade. O boletim aponta que o número de recuperados da covid-19 chegou a 18.167. Segundo os dados 8.996 pessoas estão em isolamento domiciliar, 70 em leitos de enfermaria e 83 em UTIs.

O índice de mortes causadas pelo coronavírus se aproxima de 600 em Ponta Grossa. O número oficial divulgado nesta quinta-feira (25), mostra que 590 pessoas perderam a vida, vítimas da covid. Outros 31 óbitos estão sendo analisados e ainda não foram confirmados.

Ontem (25), presidentes da CUT e da Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB, debateram durante as manifestações do Lockdown Nacional, a necessidade – recomendada por autoridades de saúde e cientistas – de o país parar por 21 dias em um lockdown nacional que, em conjunto com a vacinação em massa, pode conter o avanço acelerado das contaminações e mortes pelo coronavírus.

Nesta sexta-feira (26), a classe empresarial realiza protesto no Centro de Ponta Grossa exigindo o fim do lockdown. O evento contará com a o apoio da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg) e do Sindilojas. Em Ponta Grossa, o lockdown terá duração de 10 dias.