Editorial
Nova ameaça pandêmica
Da Redação | 02 de fevereiro de 2021 - 05:10
O Paraná entra em alerta. A Divisão de Vigilância
Epidemiológica da Secretara Municipal de Cascavel informou que investiga um
caso suspeito desta nova cepa do coronavírus: um venezuelano, que estava em
Manaus, está internado e em isolamento no Hospital de Retaguarda. A variante
P.1 evoluiu a partir da linhagem B.1.1.28, que circulava como dominante no
estado do Amazonas.
No
entendimento de especialistas, o novo coronavírus coloca
no limite os sistemas de saúde e, sem a vacina para todos, as formas de evitar
a propagação do vírus consistem no
distanciamento social, uso de máscaras, álcool 70° e água e sabão. De fato,
pessoas jovens e sem doenças pré-existentes apresentam um risco menor de
desenvolver complicações caso sejam infectados, mas, agora, um estudo apresenta
uma pista mais abrangente: a agressividade da covid-19 pode estar relacionada a
uma mutação de certos genes humano. Isso coloca em xeque o sentimento de
invencibilidade e pode ajudar a justificar o agravamento de quadros em
pacientes fora do grupo de risco.
Agindo com antecedência, a Secretaria de Estado da Saúde do
Paraná (Sesa), publicou uma Nota Orientativa para prevenir a disseminação desta
e outras variantes da Covid-19. A proibição temporária de viagens para o Reino
Unido e Irlanda do Norte, Declaração de Saúde do Viajante para quem chegar,
testes com resultados negativos e isolamento de quem esteve nestes locais,
assim como Manaus, são algumas orientações da Sesa.
Em Ponta Grossa, possíveis casos com esta cepa terão
investigação especial clínica, assim como viagens recentes a Manaus, Rio de
Janeiro e São Paulo, além dos destinos do exterior, encaminhando a coleta para
a Sesa confirmar ou descartar o caso.
De qualquer forma, vale reforçar que apenas a sociedade consciente
terá resultados positivos no enfrentamento à pandemia. As pessoas precisam entender
que a atitude de cada uma delas será determinante para o agravamento ou melhoria
do atual cenário. Nesse final de semana,
na cidade, festas clandestinas foram fechadas. As pessoas flagradas nesses
lugares deveriam prestar serviço comunitário em hospitais, assim não teriam
tempo em sair à rua para desobedecer às regulamentações.