Novo modelo de pedágio

Começam no início de fevereiro as audiências públicas sobre o modelo de concessão do novo Anel de Integração do Paraná. Por conta da pandemia, todas serão virtuais. É importante que os diferentes setores da sociedade participem desses debates como forma de conhecer os detalhes da proposta e também enriquecê-la com opiniões ou críticas.

Com 3.327 quilômetros de extensão (um incremento de 834 quilômetros no atual traçado) e previsão de R$ 42 bilhões em investimentos, a nova modelagem prevê mais obras, 1,7 mil quilômetros de rodovias duplicadas num prazo de até sete anos e tarifas de pedágio mais baixas que as atuais. É claro que o governo pode avançar e exigir outros serviços e benfeitorias das empresas concorrentes.

Pelo projeto elaborado pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), os valores pagos pelos usuários serão de 25% a 67% menores, dependendo da praça. Os descontos podem ser ainda maiores para os usuários frequentes e para aqueles que aderirem à cobrança automática. Estradas em ótimas condições e pedágio barato estão entre as prioridades da sociedade, desde o cidadão comum até as grandes empresas de transporte.

Os atuais contratos vencem em 27 de novembro e as novas concessões têm validade de 30 anos. O projeto de concessão é composto por um modelo híbrido, com menor tarifa de pedágio, seguido de maior valor de outorga. A expectativa é que o leilão ocorra até o final do ano.

É importante que todo o processo seja marcado pela transparência, com a participação da sociedade civil e do setor produtivo na tomada de decisões, sobretudo por se tratarem de processos fundamentais para que os paranaenses tenham conhecimento daquilo que está sendo planejado. É sempre oportuno lembrar que a modernização das novas rodovias é essencial para garantir a competitividade da produção industrial e agropecuária tanto de Ponta Grossa, dos Campos Gerais e do Paraná.