Editorial
De quem é essa conta?
Da Redação | 15 de janeiro de 2021 - 01:22
A explosão de casos da covid, em Ponta Grossa, é resultado
do afrouxamento das medidas restritivas, mas principalmente da ação
irresponsável de pessoas que organizaram eventos em comemoração ao final de ano
e priorizaram a participação em baladas. Se houvesse multa pesada e
principalmente fiscalização eficiente, o cenário de hoje não seria tão
preocupante. Faltou consciência e sobrou irresponsabilidade. Os hospitais estão
com a capacidade esgotada e a população que se cuida e propaga as medidas
preventivas é que arcará com o ônus do pagamento dessa conta.
A preocupação com a explosão de casos associa-se à falta de
informação sobre as estratégias que serão adotadas pela Fundação Municipal de
Saúde (FMS) para vacinar a população em Ponta Grossa. Os ponta-grossenses
querem saber como vai funcionar essa imunização, quem terá prioridade, onde
este serviço estará disponível, que horas começa, que horas termina e se haverá
vacina para todos.
Ontem (14), em reunião no Ministério da Saúde, o presidente
da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, disse que a maioria dos
5.570 municípios brasileiros estará apta a iniciar a campanha de vacinação
contra a covid-19 tão logo o Ministério da Saúde distribua os imunizantes
autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Ministério da Saúde planeja começar a vacinação em
todo o país já na próxima quarta-feira (20). Contudo, a data dependeria da
aprovação dos pedidos de uso emergencial dos imunizantes apresentados pelo
Instituto Butantan, a CoronaVac, produzida em parceria com a farmacêutica
chinesa Sinovac, e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o
consórcio AstraZeneca/Oxford, além da chegada, ao Brasil, dos 2 milhões de
doses da vacina de Oxford já compradas pelo Ministério da Saúde.
A questão é: Ponta Grossa está preparada para realizar a
vacinação?