A balada da morte

As festas tomaram conta de Ponta Grossa, as casas noturnas estão lotadas e existe muita aglomeração. As regras sanitárias já não são mais respeitadas. Exemplo para todo o Brasil no enfrentamento do novo coronavírus, a cidade vê o número de mortes crescer. A flexibilização dos decretos municipais e o afrouxamento da fiscalização colocam o Município num caminho perigoso.

Ponta Grossa confirmou nessa quarta-feira (11), a 146ª morte causada pela covid-19. A Fundação Municipal de Saúde (FMS), órgão ligado à Prefeitura, informou o óbito de uma mulher de 56 anos.Ela estava internada em uma unidade de terapia intensiva (UTI). O teste positivo da paciente para covid-19 foi feito no dia 6 de outubro.

É preciso adotar medidas enérgicas para derrubar esses índices. Se for o caso, o ‘toque de recolher’ deve ser um instrumento eficiente para conter o ímpeto principalmente deste grande número de pessoas que está saindo na noitada sem máscara e despreocupado com a doença.

O número de pessoas com vírus ativo no município se aproxima de três mil: são 2.828 ponta-grossenses em isolamento domiciliar, oito em leitos de enfermaria e outros 12 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Fundação monitora 4.235 casos, além de sete suspeitos hospitalizados.

Com a morte de uma mulher de 56 anos na tarde de ontem, Ponta Grossa registra um total de 146 óbitos desde o dia 9 de junho, data da primeira vítima fatal pela doença. Há 15 óbitos a serem confirmados, enquanto quatro são suspeitos e 98 descartados, mas que podem mudar de acordo com a metodologia de investigação da Secretaria do Estado da Saúde (Sesa).

Todo cuidado é pouco. O novo coronavírus, descoberto em dezembro de 2019, é uma nova cepa do vírus, que tem alto poder de contágio e causa a síndrome respiratória aguda grave, principalmente em pacientes idosos, pessoas com doenças respiratórias ou que diminuem a imunidade.