Editorial
Dificuldade adicional
Da Redação | 06 de novembro de 2020 - 03:02
A crise hídrica é uma dificuldade adicional em
meio à pandemia e o zelo e o uso racional da água são responsabilidades
de todos. O Paraná apresenta a situação mais crítica dentre as 19 unidades
da Federação monitoradas. Todo o território paranaense está sendo atingido, com
os maiores percentuais de seca grave (61,14%)
e extrema (8,60%).
Assim como registrado em setembro, outubro apresentou chuvas abaixo da média histórica em quase todos os municípios paranaenses. O destaque novamente foi a anomalia de chuva negativa com mais de 100 mm nas Regiões Sul, Sudoeste e maior parte do Centro-Oeste, Oeste e metade sul do setor Noroeste. Este cenário é preocupante inclusive para Ponta Grossa.
E não é apenas o abastecimento de água que fica comprometido com a falta de chuvas. A estiagem é ruim para o meio ambiente, aumenta o risco de queimadas e reduz a qualidade do ar, causando vários problemas respiratórios, além dos impactos danosos para a economia, afetando a agricultura, a produção industrial e o fornecimento de energia.
A solução ainda vai demorar, segundo o Simepar. A previsão é que a estiagem se prolongue, pelo menos, até as próximas chuvas de verão, entre dezembro e fevereiro do ano que vem. Além disso, o Paraná pode ser impactado pelo fenômeno La Ninã. O resfriamento das águas do Pacífico pode ter como consequência um verão mais seco no Estado, justamente quando são esperadas as chuvas mais intensas.
A economia de água pode ser feita com pequenas mudanças nos hábitos domésticos. Um dos grandes vilões do consumo é o chuveiro. Para a higiene pessoal, bastam cinco minutos com o chuveiro ligado. Nesse tempo serão consumidos 20 litros de água. Lavar o carro com a mangueira aberta o tempo todo consome 380 litros. Se a lavagem for feita utilizando um balde, a economia pode chegar a 300 litros.