Uma epidemia para ser evitada

O coronavírus assusta. O assunto do momento. Embora o número de contaminados tenha mais que dobrado nesta quinta, passando para 8, no momento não é algo que não assola o Brasil. No Paraná, hoje o que mais preocupa é a dengue. Nesta quarta-feira, o Governo revelou que o estado passou ao patamar de ‘epidemia’. Até terça-feira, eram 44.441 casos confirmados da doença e 113.488 casos notificados - pelo número de pessoas contaminadas e população, a incidência é de 336 por 100 mil habitantes.

Nos Campos Gerais a situação não é tão grave, mas nas regiões Norte e Oeste, especialmente no Noroeste do Paraná, a dengue é crítica. São 106 municípios em epidemia. E ao contrário do que muitos pensam, é uma doença mortal. Somente nos últimos meses os óbitos por dengue chegaram a 30 – até a última semana eram 23. O mais triste de tudo é saber que é uma doença que poderia ser evitada: se cada um fizesse sua parte, não deixando água parada, ela seria minimizada ao extremo.

Não é porque estamos em uma situação com menor incidência que podemos ‘relaxar’. Devemos, sim, agir como se os municípios dos Campos Gerais estivessem em situação de epidemia. É evitar um futuro problema, de entes queridos que podem vir a ser picados pelo Aedes aegypti. A morte representa um percentual baixo no total, mas seus sintomas são muito agressivos ao corpo humano.

A prevenção é muito simples: não deixar nada que possa a vir acumular água e ser um potencial criadouro para o mosquito. E não apenas os conhecidos pneus, latas e recipientes, mas também locais que nem nos damos conta que geram o acúmulo de água parada, como vasos de plantas – que podem ser preenchidos com areia, por exemplo.

Cabe a cada um fazer uma ‘varredura’ nas áreas externas de nossas residências ou condomínios para cobrir essas superfícies, virar o que for possível ou jogar fora. O mesmo vale para as ruas. A prevenção é sempre o melhor remédio.