Editorial
Expansão empresarial
Fernando Rogala | 29 de fevereiro de 2020 - 00:58
Impressiona o quanto cresce a economia de Ponta Grossa. Os números revelados nesta sexta-feira sobre a formalização de MEIs, que superou 3,5 mil apenas nos últimos meses, entre os meses de fevereiro de 2019 e janeiro de 2020, mostram a vastidão de oportunidades criadas na cidade. Segundo a coordenadora de fomento ao empreendedorismo, Tonia Mansani, foi o segundo maior crescimento no número de MEIs do interior do Estado, atrás apenas de Maringá.
A maior parte dessas formalizações ocorrem por oportunidades encontradas ou criadas – e não, portanto, por necessidade, de pessoas que perderam o emprego e precisavam ‘empreender’ para sobreviver. Esse tipo de empreendedorismo por necessidade é perigoso, porque nem sempre o mercado é estudado e a possibilidade de um fracasso é maior.
Em 2019, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados apontou que quase mil novas vagas formais foram criadas na cidade. Foi um número menor que de algumas outras cidades paranaenses. Mas se considerar essas mais de 3,5 mil formalizações – e sem falar nos empregos indiretos movimentados por essas novas pequenas empresas, têm-se uma rede de crescimento, impulsionando a economia municipal.
O setor de serviços domina, especialmente pela ‘pejotização’ do setor: funcionários contratados são demitidos e outros são contratados como prestadores de serviços para essas empresas – o que não é exatamente um fator positivo no âmbito dos direitos trabalhistas para esses funcionários. Por outro lado é a oportunidade de ter uma outra visão de mercado, gerando até a possibilidade de trilhar novos caminhos.
Hoje já são mais de 17,5 mil MEIs, boa parte deles impulsionados pelo terceiro ciclo industrial da cidade, iniciado com o Paraná Competitivo, no início desta década, que injetou mais dinheiro, movimentou a economia e gerou incontáveis oportunidades, nos mais variados ramos.