Ciclovidas

Uma nova licitação, para a criação de novas ciclofaixas, foi aberta no município de Ponta Grossa. A ciclomobilidade é algo de grande importância em âmbito mundial, e que torna-se necessário também em Ponta Grossa. Afinal, como publicado em matéria recente do Jornal da Manhã, já são mais de 213 mil veículos registrados em Ponta Grossa, um aumento da frota de 7,7 mil somente no ano passado. E isso sem falar na população flutuante, que é bastante grande em Ponta Grossa, de trabalhadores e estudantes que circulam ou moram na cidade e os veículos não foram emplacados aqui.

Mesmo Ponta Grossa tendo um relevo muito acidentado, o que reduz a circulação de bicicletas em comparação com outros municípios, a criação de ciclofaixas é necessária. É criar oportunidades para que elas sejam utilizadas, especialmente pela segurança que elas trazem, despertando maior confiança nos que têm medo de dividir as ruas com os carros.

Os medos não são em vão. Para quem anda ou já circulou de bicicleta, sabe as dificuldades e os riscos diários ao percorrer as vias em Ponta Grossa, especialmente no Centro. Se Ponta Grossa, por sua história de ser uma cidade antiga, que nasceu lá atrás sem um planejamento para suportar grande fluxo de veículos em suas estreitas ruas, já é um desafio, há ainda motoristas que não respeitam os ciclistas como deveriam.

Algumas ciclofaixas foram criadas recentemente, como na Dom Geraldo Pellanda e no binário da Avenida Monteiro Lobato, no Jardim Carvalho, não só trazem mais respeito a quem pedala, mas também torna a cidade mais bonita, com a ‘cara’ de um município moderno, que pensa em alternativas para o futuro.

A escolha da Carlos Cavalcanti para ter uma ciclovia é mais do que acertada: a via que é reconhecida como a mais mortal para os ciclistas ganha um novo recomeço para o futuro.