Editorial
Frota maior; novos desafios
Da Redação | 24 de dezembro de 2019 - 03:18
Dados divulgados nessa segunda-feira (23), pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), mostram que Ponta Grossa tem 211 mil veículos em circulação. O crescimento neste ano, em relação ao no anterior é de 3,4%. Em dez anos, o aumento da frota é de 63,3% – em 2009, eram 129.530 veículos nas ruas da cidade.
Esses índices demostram o crescimento socioeconômico de Ponta Grossa. Importante ressaltar que o desenvolvimento social também apresentou resultados significativos. O crescimento da frota é proporcional à ascensão da cidade. O trânsito ponta-grossense é formado principalmente por automóveis, com 128.312. Em seguida, aparecem as 24.289 motocicletas e 18.874 caminhonetes. Ainda existem na cidade 8.312 camionetas e mais de 11 mil caminhões e caminhões-trator, conforme a classificação do órgão de trânsito.
Uma frota maior tem seu lado positivo, mas não se pode negar os impactos negativos que isso causa diretamente à população. O risco de acidentes é muito maior. A possibilidade de atropelamentos também é grande. Congestionamentos são constantes e a qualidade do ar nem sempre está em níveis aceitáveis por conta da poluição produzida pelos motores dos veículos.
Mais carros, motos, ônibus e caminhões em circulação também representam importantes obstáculos para o poder público. São desafios logísticos e de infraestrutura para dar fluidez ao trânsito e também reduzir os índices de acidentes nas vias urbanas.
É importante lembrar que o incentivo ao transporte alternativo deve ter origem no planejamento urbano. Sem mais ciclovias, calçadas e acessos adequados, Ponta Grossa pode permanecer com o atual padrão carrocêntrico’. Para especialistas, seguir com esse modelo significa continuar pagando o preço de cidades que não andam e que reduzem cada vez mais a qualidade do ar, que veem os congestionamentos crescerem resultando em perdas econômicas devido à queda de produtividade e que seguirão lamentando as mortes no trânsito.