Editorial
Pedágio mais caro
Da Redação | 10 de dezembro de 2019 - 02:26
Os usuários das rodovias do Anel de Integração do Paraná já
estão pagando mais caro o pedágio. O
reajuste médio anual será de 3,3627% para cinco concessionárias: Econorte,
Viapar, Ecovia, Ecocataratas e Caminhos do Paraná. Somente a RodoNorte, com
sede em Ponta Grossa, terá um reajuste médio de 2,9237%. A diferença ocorre
porque a concessionária usa a fórmula paramétrica prevista no contrato original
enquanto as demais tiveram esta fórmula alterada a partir de 2014.
Para a reposição inflacionária foram utilizados os indicadores que compõem a cesta de índices da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Lembrando que o reajuste anual das tarifas previsto em contrato é muito diferente de revisão tarifária que analisa o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, que já está em andamento em face das Resoluções Normativas 04, 05 e 06 expedidas pela Agepar, no 2º semestre de 2019.
Este novo reajuste demonstra que as concessionárias se sobrepuseram aos interesses do cidadão e conseguiram o reajuste anual previsto em contrato. O Estado, muito embora tenha se manifestado contra os aumentos, sempre se mostrou limitado. O pedágio é importante. Melhorou as estradas, reduziu os acidentes e apresentou um serviço médico eficiente; o problema é o preço cobrado no Anel de Integração, considerado muito abusivo.
O Estado não renovará os contratos de concessões e afirma que o Anel de Integração do Paraná será modernizado a partir de 2021. A licitação será feita pelo governo federal e terá 4,1 mil quilômetros de estradas estaduais e federais – o atual tem 2,5 mil quilômetros.
O novo programa de concessões incorpora ao polígono original três estradas estaduais: PR-092 (Norte Pioneiro), PR-323 (Noroeste) e PR-280 (Sudoeste). O leilão também deve abranger os trechos paranaenses das BRs 163 (Oeste), 153 (de Ourinhos a União da Vitória) e 476 (Rodovia do Xisto). O governo federal investiu R$ 60 milhões no projeto.
Pelo cronograma da Empresa de Planejamento e Logística S.A (EPL), contratada pela União para fazer os estudos de viabilidade da nova concessão, a modelagem técnica, econômico-financeira e jurídica será concluída em 2020. O documento vai concentrar todas as informações necessárias para a licitação, incluindo formas de cobranças, projetos prioritários e valores previstos de tarifas.