Editorial
A função dos radares
Da Redação | 30 de outubro de 2019 - 02:27
Muito embora a maioria da população discorde da medida, a
instalação de radares continua sendo a medida mais eficiente para reduzir o
número de acidentes em ruas comprovadamente com alto potencial de risco. A
maior parte dos motoristas não respeita placas de sinalização e ignora limites
de velocidades simplesmente por apostar na impunidade. Transformam ruas em
pista de corrida, ignorando a segurança dos moradores.
Afinal, existe uma “indústria da multa”? A legislação é muito rigorosa ou é adequada? Para o motorista consciente e respeitoso, o radar é apenas um dos inúmeros componentes de uma via pública. Não o intimida e nem o deixa apreensivo. Para quem usa o veículo com o objetivo de experimentar a alta velocidade, esses equipamentos não deveriam existir.
No início desta semana, o portal aRede e o Jornal da Manhã publicaram reportagem que a Prefeitura de Ponta Grossa prepara os trâmites administrativos para a instalação de 17 novos radares na cidade. Com isso, o Município passará a contar com 48 radares em funcionamento. A Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), a instalação dos novos radares é baseada em estudos, índices de acidentes e em pedidos feitos pela própria população.
A AMTT esclareceu que, após o recebimento da solicitação da comunidade ou identificação da necessidade de um redutor de velocidade pelo Departamento de Engenharia de Tráfego, a Autarquia promove a análise do local. Essa análise identifica qual a melhor intervenção para ampliar a segurança da via, podendo ser implantadas travessias, lombadas, tachões, reforço da sinalização ou radar.
O trânsito mata por ano, aproximadamente 1,35 milhão de pessoas em todo o mundo, conforme levantamento da Organização Mundial de Saúde. As lesões causadas em acidentes de trânsito são a principal causa de morte de crianças e jovens de 5 a 29 anos. Apesar desses dados, muita gente critica um suposto “excesso” da legislação de trânsito no Brasil, sendo comum o direcionamento de críticas àquilo que algumas pessoas chamam de “indústria da multa”.