Editorial
E esta matança?
Da Redação | 21 de setembro de 2019 - 02:47
A onda de assassinatos registrada neste mês, em Ponta
Grossa, assusta a população. Foram 9 homicídios ocorridos em diferentes regiões
da cidade. Nessa sexta-feira (20), três pessoas foram baleadas e mortas. Nas
últimas 24 horas, cinco pessoas foram feridas por disparos de armas de fogo.
O que está acontecendo? A explosão de homicídios cria
diversos temores no meio social. O primeiro – e talvez o mais relevante – é que
esta matança ocorre pela falta do controle de armas de fogo. Sugere-se também
que estes crimes estejam relacionados ao tráfico de drogas. Numa terceira
hipótese admite-se o acerto de contas e neste caso os mandantes estariam dentro
de prisões.
Não se discute aqui as limitações da estrutura de segurança
pública do Município, mas é importante destacar uma realidade: Ponta Grossa
cresceu muito e a segurança encolheu. Muito embora o comando da PM e a chefia
da 13ª SDP demonstrem uma disposição diária na execuções de ações de prevenção
e repressão, o pouco efetivo é um fator limitador para a inibição do delito, e
muitas vezes as comunidades mais afastadas da área central são as mais
prejudicadas.
Que as vozes não se limitem apenas em cobranças e críticas.
As lideranças políticas e empresariais de Ponta Grossa precisam estar atentas à
criminalidade e devem se somar às iniciativas que busquem a pacificação. De
igual forma, devem bater à porta dos governos do Estado e da União exigindo o
reaparelhamento das forças policiais.
Ontem, o governo do Paraná divulgou que a Polícia Civil do
Paraná elucidou 57% dos homicídios registrados em Curitiba, nos
primeiros sete meses desse ano. De acordo com a Secretaria de Estado da
Segurança Pública, o aumento na eficiência policial para identificar os autores
de assassinatos se deve, principalmente, ao emprego do serviço de inteligência
para levantamento de dados relacionados a organizações criminosas, já que a
maioria dos crimes são relacionados ao tráfico ou uso de drogas. O índice de
solução de crimes em todo o ano de 2018 foi de 37%.