A praga do vandalismo

Os atos de vandalismo em Ponta Grossa só serão reduzidos a partir do momento em que o cidadão resolver cuidar do patrimônio público. A Guarda Municipal e a Polícia Militar, por maior que seja o esforço, são limitadas. Investimento em tecnologia também não vai apresentar os resultados esperados. As câmeras filmam e não têm o necessário poder preventivo.

Neste fim de semana, parte de um equipamento da academia ao ar livre do residencial Buenos Aires sofreu danos praticados. Atualmente, aparelhos de 11 academias ao ar livre estão no pátio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos decorrentes de depredação. A quantidade gerou dano de R$ 165 mil aos cofres municipais. Cada uma é calculada em média R$ 15 mil.

O combate ao vandalismo deve ser praticado por todo o cidadão. Afinal, é do bolso dele que sai o dinheiro para consertar os estragos feitos pelos autores da depredação ou pichação. Os pais também precisam educar os seus filhos e orientá-los a cuidar do patrimônio público.

Sob olhar da Justiça, destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia é crime com pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Se for praticado por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima a pena é de detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

Trabalho sem continuidade não tem resultado prático e cai no esquecimento. Em 2017, a Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública deflagrou a campanha "Ponta Grossa Mais Bonita". A ação tinha por objetivo conscientizar a população sobre os prejuízos causados pelo vandalismo, pichação e depredação do patrimônio público. 

São nos locais vandalizados e em más condições que o crime encontra as condições necessárias para crescer. Portanto, a conservação e limpeza do espaço público são passos essenciais na garantia e manutenção da segurança de toda a população. É preciso sair do discurso para ações pontuais.