Editorial
A gripe da morte
Da Redação | 12 de julho de 2019 - 03:28
É importante a realização de campanhas específicas de
conscientização e orientação da população sobre o vírus Influenza. Apenas
disponibilizar vacinas em unidades básicas de saúde é uma iniciativa que nem
sempre atinge seus objetivos. É preciso ir além. A gripe H1N1 mata. É
justamente esta questão que deve ficar muito clara para todas as pessoas – em especial
àquelas que se encontram nos grupos de riscos.
Ontem, foi registrado mais óbito causado pelo vírus H1N1 em Ponta Grossa, neste ano. A vítima foi uma mulher de 72 anos, que não havia sido vacinada contra a Influenza e que sofria de diabetes. O município já contabiliza 26 internações e 13 atendimentos ambulatoriais referentes a infecções pelo vírus. O número não representa o total de casos, servindo apenas como controle de atendimentos pela doença.
No Paraná já são 77 mortes por gripe em 2019, conforme boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado na última quarta-feira (10). Desde janeiro, 374 casos relacionados ao vírus Influenza foram confirmados. O preocupante é que no boletim anterior, de 4 de julho, o número de mortes registradas era de 74. Em média, neste ano, uma pessoa morreu por gripe a cada dois dias e meio no estado.
Do total de óbitos, 40 (51,9%) foram de pessoas com 60 anos ou mais. Esse faixa etária também concentra a maior parte dos casos registrados de Influenza, com 28,1% do total. Conforme o boletim, o Estado tem casos de Influenza em 66 municípios e não pode se descuidar.
O primeiro passo para evitar a gripe é a prevenção. Além da vacina, é importante ter uma dieta bastante saudável, deixar os ambientes arejados, incluir o álcool em gel no cotidiano, usar lenço descartável para espirrar ou tossir e não sair de casa se estiver doente.