Editorial
Debate com equilíbrio
Da Redação | 28 de junho de 2019 - 01:02
A busca incessante por um diálogo equilibrado, sem ataques
ou revanchismo, é o que a sociedade espera em mais um episódio de greve
registrada no Paraná. Tanto o governo do Estado como as entidades envolvidas na
paralisação devem ter maturidade suficiente para chegar a um consenso o mais
breve possível. A população não pode ser penalizada.
Em comunicado à imprensa, na manhã desta quinta-feira (27),
a Universidade Estadual de Ponta Grossa reconheceu a legitimidade das
reivindicações (salariais, carreira e reposição de quadros), lembrando que as
negociações com o Governo do Estado não estejam esgotadas. Na mesma nota, a
administração alerta para a necessidade de manutenção de atividades essenciais,
eventos agendados, Vestibular de Inverno e recredenciamento institucional.
Sobre o calendário universitário, o reitor Miguel Sanches Neto convocou reunião
extraordinária do Conselho Universitário para 9 de julho.
Em outra ponta, o governador do Paraná Ratinho Junior (PSD)
endureceu o discurso em relação aos servidores públicos que estão em greve. Disse
que apenas 4% estão parados, que a maioria é sindicalista e que a greve não é
contra o governador, mas sim contra os alunos e seus pais. Ressaltou que não
vai conversar com grevistas.
Por outro lado, os sindicatos divergem dos números oficiais,
apontando que 60% dos servidores do Estado estão de braços cruzados. E segundo
a APP-Sindicato, 85% das escolas foram afetadas, total ou parcialmente pela
greve. Os servidores alegam que enquanto não houver uma proposta do governo
sobre o reajuste de 4,94% relativo à inflação dos últimos doze meses, a greve
deve prosseguir.