Editorial
O que comemorar?
Da Redação | 01 de maio de 2019 - 01:16
Contra números, ou fatos, não existem argumentos. A taxa de
desemprego no primeiro trimestre do ano chegou a 12,7%, com alta de 1,1 ponto
porcentual em relação ao trimestre anterior, de outubro a dezembro de 2018
(11,6%), indica a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad
Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada
nesta terça-feira, 30.
No primeiro trimestre sob o governo Jair Bolsonaro, a taxa
de desemprego no Brasil foi de 12,7%, uma alta de 10,2% com relação ao
trimestre encerrado em dezembro. Ao todo, 13,4 milhões de brasileiros
procuraram emprego no período. Já a taxa de subutilização da força de trabalho
bateu recorde no primeiro trimestre. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), o índice chegou a 25%. Isso significa que 28,3
milhões de brasileiros não trabalharam ou trabalharam menos do que gostariam no
período. É o maior número desde o início da série histórica da Pnad (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio) Contínua, iniciada em 2012. Na comparação
com o trimestre encerrado em dezembro, houve alta de 5,6%, ou 1,5 milhão de
pessoas.
O fato é: nesta quarta-feira, 1º de Maio, Dia do Trabalho,
não existem motivos para comemoração. Pelo contrário: o desalento, a descrença
e o pessimismo tomam conta de todos. O Brasil precisa de emprego. O pai de
família, o jovem, o estudante que concluiu o seu curso superior, a dona de
casa, entre tantos milhares de personagens engrossam essa fila gigantesca do
desemprego. E o governo, ao que parece, preocupa-se apenas com a reforma da
Previdência. É lamentável.
O brasileiro – particularmente o ponta-grossense – não pode
ficar na fila do desemprego. É preciso ação. Mais trabalho e menos conversa.