Editorial
A dengue e as políticas públicas
Da Redação | 17 de abril de 2019 - 02:40
A ameaça da dengue, no Paraná, enseja o poder público e
pedir o apoio da população. O Governo do Estado e Ponta Grossa estão agindo
contra a doença, mas é fundamental a participação da comunidade para acabar com
os focos do mosquito Aedes aegypti. Água parado e lixo acumulado
representam um espaço rico para prosperação do inseto.
O boletim semanal da Secretaria de Saúde, que atualiza os
números da dengue, confirma mais dois óbitos em Londrina: um homem de 40 anos,
morador da zona Leste da cidade, e uma mulher de 63, moradora da zona Sul. São
casos autóctones, o que significa que as pessoas contraíram a doença nos
locais de residência. O município já tinha outras duas mortes confirmadas no
mês passado. O Paraná registra oficialmente 5 óbitos por dengue. O outro caso,
também confirmado em março, é de Cascavel.
Essa difusão de doenças, mesmo diante de tantas ações de
combate ao inseto, ocorre pela luta ir além da esfera da medicina. Ela depende
de políticas públicas que aumentem o acesso da população ao saneamento básico.
Isso inclui o tratamento da água, a canalização e o tratamento de esgotos e a
limpeza pública de ruas e avenidas. O problema é que tudo isso é dificultado
pelo crescimento desordenado das cidades.
Ao mesmo tempo que o risco de contaminação é grande, outros
focos de mosquitos transmissores da dengue estão sendo encontrados no
Paraná. São motivos de sobra para que o Governo intensifique as ações de
combate ao mosquito Aedes aegypti e na conscientização da população
para manter cuidados básicos de prevenção.
Há uma boa notícia. Três cidades brasileiras irão realizar a
etapa final do método Wolbachia para o combate ao mosquito Aedes aegypti.
A metodologia é inovadora, autossustentável e complementar às demais ações de
prevenção ao mosquito. Consiste na liberação do Aedes com o microrganismo
Wolbachia na natureza, reduzindo sua capacidade de transmissão de doenças.