Editorial
Um órgão desamparado
Da Redação | 08 de março de 2019 - 02:20
É preciso encontrar algum profissional para desfazer a ‘macumba’
contra a seção técnica do Instituto Médico Legal de Ponta Grossa. Nunca vai
para frente e rotineiramente sofre pesadas críticas da sociedade e das
lideranças políticas e empresariais da cidade. É muita ‘urucubaca’ para um
único órgão estadual.
O imóvel que abriga o IML está parcialmente interditado
desde janeiro do ano passado. Por conta das constantes chuvas, o muro ao lado do prédio rachou. Agentes da Defesa Civil constataram riscos de
desmoronamento. Desde então, o imóvel e a rua lateral estão interditadas.
Em abril do ano passado, o Governo do Estado autorizou a
contratação emergencial de contêineres para transferir o IML ao Hospital
Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG). Três módulos habitacionais
e dois módulos frigoríficos foram cedidos.
A Secretaria da Segurança Pública e Administração
Penitenciária informou que duas licitações foram abertas para a reforma do
prédio onde funcionava o Instituto Médico-Legal de Ponta Grossa, mas não houve
nenhum participante. Após isso, ocorreu a abertura de um novo certame, na
modalidade de convite, mas também não gerou interesse. O projeto, então,
retornou para a Paraná Edificações, que fará uma nova licitação ainda no
primeiro semestre deste ano. Em relação à construção da nova sede, ainda
não há nada formalizado.
No mês passado, a Prefeitura Municipal e Universidade Estadual
de Ponta Grossa (UEPG) apresentaram estratégias para a construção do novo
Instituto Médico Legal (IML) e a implantação do Serviço de Verificação de
Óbitos (SVO). Apesar da boa vontade, é incerto que os problemas do IML sejam
resolvidos em curto prazo.
Os problemas apenas se avolumam. Vizinhos do prédio
interditado vivem apreensivos com a possibilidade do desabamento do imenso muro
lateral. Há várias rachaduras e até o momento, segundo afirmam, apenas a via
continua interditada, causando mais transtornos ainda.