Editorial
Grupos de blitze na mira da Lei
Da Redação | 22 de dezembro de 2018 - 01:21
A iniciativa da Polícia Militar de Ponta Grossa em realizar
ações específicas para combater grupos em redes sociais que alertam os
motoristas sobre os pontos de blitze, na cidade, precisa ser apoiada irrestritamente
pela sociedade. Polícia na rua significa mais segurança à população. A
fiscalização é uma ferramenta importante para apreensão de drogas, armas,
carros furtados ou roubados. Oportuniza, também, a captura de criminosos. Da
mesma forma, esta atividade é essencial para prender motoristas embriagados. A operação
blitz é do ‘bem’ e quem não deve, não teme!
Desde a implementação da chamada “Lei Seca”, diversas formas
de divulgar blitz foram criadas. Grupos no Facebook, WhatsApp, contas no
Twitter e diversos outros artifícios foram desenvolvidos para que os condutores
pudessem “fugir” da fiscalização
Especialistas comentam que tecnicamente não existe uma lei
que diga claramente que a divulgação de ações policiais configure um crime.
Neste aspecto, vale considerar duas coisas: o princípio da legalidade e a
abstração das leis.
O princípio da legalidade determina que, para o cidadão
comum, só é proibido aquilo que a lei define como ilícito. Tudo aquilo que não
é previsto em lei, por consequência, pode ser realizado. Por outro lado, há a
abstração das leis. Significa dizer que as normas brasileiras são projetadas de
forma abstrata, de forma em que a análise de uma conduta possa ser interpretada
de acordo com o texto da lei.
Em outras palavras, não é necessário que a lei descreva ação
por ação do que é considerado um crime. É necessário, apenas, que ela defina
qual conduta é considerada criminosa e, quando uma conduta que enquadra-se
nesta descrição abstrata ocorrer, ela será punida.
Na noite e madrugada de quinta para sexta-feira, utilizando-se
de uma nova estratégia de fiscalização, policiais militares do Setor de
Inteligência do 1º BPM promoveram ações veladas junto a diversos
estabelecimentos e locais de concentração de pessoas, identificando o consumo
de álcool por condutores de veículos. Ao longo da operação, 39 condutores foram
submetidos ao teste do bafômetro, dos quais 16 foram autuados por dirigirem
embriagados e responderão pelo crime de embriaguez, além da multa gravíssima e
da suspensão da CNH, impostas a todos os motoristas infratores.