Editorial
A greve e seus impactos
Da Redação | 04 de dezembro de 2018 - 01:03
Se efetivamente acontecer a paralisação dos ônibus do transporte
público, em Ponta Grossa, terá impactos negativos em setores estratégicos da
cidade. Um deles é o da Educação. A maior parte das escolas das redes municipal
e estadual projeta aulas até 20 de dezembro e de hoje até lá estão previstas
as semanas de prova. Nas Instituições de Ensino Superior, além de provas,
acontecerão as bancas examinadoras do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Também será impactado o comércio. Nesta segunda-feira, as
lojas de Ponta Grossa iniciaram horário especial para atender a demanda de
consumidores neste final de ano. A partir de agora, as lojas também abrem nos
domingos. Sem ônibus em circulação, os consumidores – principalmente de bairros
– reduzirão a frequência aos polos comerciais da cidade.
Na semana passada, um dia depois da assembleia realizada
pelo Sintropas (sindicato da categoria), quando decidiu-se pelo indicativo de
greve, a Prefeitura e o Conselho Municipal de Transporte (CMT) reuniram-se para
debater sobre as medidas que vem sendo implementadas para otimizar o transporte
coletivo no município, promover melhorias na eficiência do sistema e quais
os meios têm sido utilizados para viabilizar a redução dos seus custos
de operação. Durante o encontro, o Executivo também contribuiu na mediação da
negociação junto aos representantes do sindicato sobre demandas da categoria.
Foram apresentadas possíveis soluções para viabilizar as
solicitações da classe e evitar transtornos à população. Entre as solicitações
da classe está o reajuste mínimo do acumulado do Índice de Preços ao Consumidor
(IPC), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) que
atingiu 3,61% nos últimos 12 meses.
A greve, se ocorrer, impactará significativamente na vida da
população. Afinal, são mais de 100 mil pessoas que utilizam o transporte
coletivo por várias necessidades e motivos.