Todos contra o tráfico de drogas

A destruição de mais de 360 quilos de entorpecentes, ontem, numa fornalha da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), mais do que representar uma derrota para os criminosos, apresenta-se como alento às milhares de famílias que enfrentam o difícil problema do vício. Indiferente à quantidade, o importante é que droga apreendida e destruída não chega à porta das escolas, das danceterias, nas praças e nas casas dos ponta-grossenses.

Em entrevista ao portal aRede, ontem, o delegado Danilo Cesto, delegado-chefe da 13ª Subdivisão Policial, afirmou que grande parte do material incinerado foi apreendido graças às informações repassadas pelos disque-denúncias - tanto o 181 ligado ao narcotráfico, quanto o 197, da Polícia Civil. 

O programa 181 – conhecido como Narcodenúncia -, funciona numa ação integrada das Secretarias da Justiça e da Segurança Pública, Ministério Público e Poder Judiciário. Implantado em junho de 2003, o programa criou uma grande corrente de combate ao narcotráfico em Ponta Grossa e em todo o território paranaense, com a participação direta da comunidade, fazendo com que as polícias batessem recordes na apreensão de drogas em todo o Paraná. 

Com o sucesso alcançado, o governo do Estado conseguiu com o governo federal a implantação de um número nacional, o 181, em contrapartida o governador cedeu os direitos e também o uso do software de todo o programa para que qualquer estado possa implantar o Narcodenúncia. O objetivo do governador é que todos os outros estados adotem o 181 para que se possa criar um banco de dados nacional e interligado, fazendo do Narcodenúncia uma das melhores ferramentas no combate ao tráfico de drogas, assim como já acontece no Paraná. 

O combate ao tráfico é árduo e requer inteligência e perseverança dos órgãos de segurança. A sociedade também precisa se envolver nesta luta, assim como o poder público, com a adoção de políticas específicas voltadas à prevenção.