Teatro desnecessário e inoportuno

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda continua afrontando a Justiça e aposta na vitimização e na teatralização, na tentativa de manipular a opinião pública. Decisão judicial não se discute. Precisa ser cumprida. O petista, no entanto, se acha no direito de se recolher à sede de um sindicato, em São Bernardo do Campo, e colocando como ‘escudos humanos’ centenas de pessoas, para protegê-lo em uma eventual ação da Polícia Federal. O certo é ele se entregar e cumprir a  pena.

É uma afronta e um desrespeito ao povo brasileiro. O Judiciário adotou todas as medidas e ainda fez concessões para que ele se entregasse à Polícia Federal, em Curitiba, no fim da tarde de ontem. “Relativamente ao condenado e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, concedo-lhe, em atenção à dignidade cargo que ocupou, a oportunidade de apresentar-se voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba até as 17h do dia 06/04/2018, quando deverá ser cumprido o mandado de prisão”, decidiu o juiz Sergio Moro na ordem de prisão.

O juiz Sério Moro, nesse caso, não está cumprindo uma decisão dele, mas uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, até porque o magistrado deu uma pena menor ao ex-presidente do que o Tribunal. O TRF-4 agravou a pena de nove para 12 anos. Então, na verdade, não há nenhuma ilegalidade nesse decreto. 

Lula e seus simpatizantes devem entender que o Brasil está sendo passado a limpo – um anseio de décadas da população. O Judiciário, colocando corruptos na cadeia, dá uma resposta à sociedade. Mesmo assim, o ex-presidente se considera intocável e acima da lei. 

Essa situação é extremamente grave. Os militantes do partido acreditam que a resistência do ex-presidente e sua prisão em São Bernardo do Campo, com grande presença da militância do partido, jogaria mais holofote ao caso e, por isso, poderia provocar uma onda de manifestação pelo País por seus apoiadores