Editorial
Conquista dos caminhoneiros
Da Redação | 21 de fevereiro de 2018 - 02:31
Ao aprovar o projeto de lei nº 315/2016, que obriga as concessionárias de pedágio a construir pontos de paradas e descanso (PPD) para os motoristas profissionais, a Assembleia Legislativa do Paraná mostra outro proposta apresentado durante o governo do PT que não prosperou. Com a aprovação da lei 13.103/15, também conhecida como Lei do Caminhoneiro, o governo federal havia assumido a responsabilidade de indicar os Pontos de Parada e Descanso (PPD) para os motoristas profissionais. Ponta Grossa, pelo importante entroncamento rodoviário, ganharia essa estrutura e se beneficiaria economicamente.
O descontentamento está nas manifestações da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar). Segundo a entidade, nas estradas o que impera é a falta de infraestrutura. Se o trabalhador decide abastecer, pode até conseguir um ponto de parada. Caso contrário, é preciso “se virar”. Sem os tais PPDs, o motorista não consegue descansar por 30 minutos após dirigir até cinco horas e meia. O período de descanso contínuo de 11 horas, que corresponde ao intervalo entre uma jornada e outra, também não pode ser respeitado.
São 69 mil km de rodovias federais sem praticamente nenhum local propício e que atenda à legislação em vigor. O problema da falta de pontos credenciados também ocorre nas rodovias estaduais. Na falta desses, muitos motoristas recorrem aos postos de combustíveis. No entanto, em muitos desses locais, é preciso abastecer, em média, 200 litros. A justificativa é simples: os donos dos postos preferem reservar as vagas para os clientes que abastecem.
Os caminhoneiros desenvolvem uma atividade primordial para o crescimento da economia e merecem todo o respeito.