Editorial
O trânsito em discussão
Da Redação | 16 de fevereiro de 2018 - 02:45
Ao anunciar uma série de mudanças no trânsito de Ponta
Grossa, a Autarquia Municipal de Trânsito (AMTT) reacendeu o debate sobre a
problemática Avenida Carlos Cavalcanti, no bairro de Uvaranas. Nos planos da
autarquia, pelo menos neste momento, esta via não sofrerá alterações e nem
existem perspectivas de investimentos.
Há décadas os moradores e comerciantes de Uvaranas aguardam
uma solução para esta avenida. Neste cenário de incertezas, é possível afirmar
que uma solução definitiva para esta via não deve acontecer em menos de dois ou
três anos. Enquanto isso, milhares de pessoas continuam enfrentando uma rotina
de perigo e desafios na Carlos Cavalcanti, uma das vias mais perigosas da
cidade, com alto índice de acidentes.
A projeto de um binário não saiu do papel. A verdade é que esta
proposta foi concebida sem a retaguarda de um estudo. Abrir uma via no interior
do Exército, pagando caro pela área, foi um erro. O certo era iniciar uma
discussão com os diferentes segmentos da sociedade. A via aberta dentro do 13º
BIB praticamente é deserta. Orçada em R$ 4 milhões, a proposta do binário era
desafogar o tráfego num ponto de estrangulamento e permitir uma fluidez bem
maior de trânsito naquela região – e nos dois sentidos.
A partir do dia 18 de fevereiro, Ponta Grossa passará por
diversas melhorias de acesso e sinalização do trânsito. Essas adequações,
resultado da conclusão de diversos estudos realizados pela Autarquia Municipal
de Trânsito e Transporte (AMTT), devem se estender pelos próximos meses e
contemplam um cronograma intervenções que inclui a criação de rotatórias e o
incremento na sinalização de diversas regiões do município. Uvaranas não está
nesta lista.
O sistema viário do bairro de Uvaranas precisa receber muita
atenção, em especial a Carlos Cavalcanti. O apelo não é apenas dos moradores e
comerciantes da região, mas de toda a população que usa esta via diariamente.