Editorial
Que não se torne um pesadelo
Da Redação | 30 de janeiro de 2018 - 02:51
Indiscutivelmente, o Lago de Olarias é o mais importante
projeto de lazer, em Ponta Grossa, nos últimos 20 anos. É possível não existirem
propostas similares em outras cidades brasileiras de grande porte. Está criando
enorme expectativa nos ponta-grossenses. Deve transformar essa região da cidade
num interessante eixo de desenvolvimento comercial. No entanto, o poder público
precisa ser altamente eficiente – e capacitado_ para colocar o espaço como indutor
do turismo. Se falhar, terá muita dor de cabeça.
Quem não lembra dos discursos sobre o Parque Margherita
Sannini Masini, localizado no Jardim América. Muito se falou, várias promessas
foram feitas e nada de prático aconteceu. O pouco investimento feito nesta
área, foi destruído pelos vândalos. Atualmente,
O parque nem é lembrado pela população por conta do
abandono. Um espaço que poderia ser utilizado para o lazer, principalmente nos
finais de semana, sofre com o vandalismo e com a ação de criminosos e usuários
de drogas. E o poder público não faz absolutamente nada. Com a mata fechada, a
falta de visitantes e de fiscalização, o espaço é utilizado para o consumo
de drogas, esconder produtos roubados e fugir da polícia - principalmente
no período noturno.
Ninguém deseja este futuro ao Lago de Olarias que deverá ter
quadras poliesportivas, pista de caminhada, ciclovia e palco com arquibancada
para eventos culturais. Na visão da Prefeitura, o complexo que está sendo
construído em Ponta Grossa deverá se tornar um novo polo esportivo, cultural e
de lazer para a população. Pode sim, mas isso terá um custo. A questão é: o
município terá recursos suficientes para mantê-lo?
É importante que ao entorno do lago incentive-se a abertura
de lojas, de academias, agências bancárias, supermercados e de uma rede
gastronômica. Na quarta-feira, no Centro de Cultura, uma audiência pública
debaterá o Lago de Olarias. População, comerciante e investidores não poderão
faltar. Toda sugestão é válida.