Pagamento do 13º injetará R$ 278 mi na economia de PG

Valor será pago aos quase 100 mil trabalhadores formais, com carteira assinada, em Ponta Grossa 

Até o próximo dia 30 de novembro, todas as empresas deverão pagar, pelo menos a primeira parcela do 13º salário, prazo que se estende até o dia 20 de dezembro para a quitação da segunda parcela do benefício, que é conhecido como ‘gratificação natalina’. Em Ponta Grossa, esse pagamento vai injetar R$ 278,8 milhões na economia municipal neste ano de 2021. O cálculo é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta terça-feira (16). 

Este valor será pago aos trabalhadores formais, mas não inclui os aposentados e pensionistas, sejam do INSS ou de pensão da união, estado e município; e nem os autônomos. Para o cálculo do pagamento do 13º salário em 2021, foram reunidos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Previdência.

O Dieese chegou a esse valor ao fazer o cálculo da média salarial aplicada ao total de trabalhadores formais na cidade. Conforme os dados do levantamento, Ponta Grossa hoje possui 98.619 trabalhadores formais, os quais recebem uma média salarial de R$ 2.827,24.  O valor total pago na cidade corresponde a 2,72% de tudo o que será pago em 13º no Estado do Paraná aos trabalhadores formais neste ano (R$ 10,26 bilhões).

Flávia Barrichello, diretora de Comércio da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), reconhece que esse é um valor expressivo, que impacta positivamente no comércio, por ser a época de maior volume de vendas para os lojistas. “Estamos bem animados no comércio, especialmente depois do dia 20, com a primeira parcela, para que consigamos reabilitar um tanto das vendas. E tem o ‘black friday’, que vai conjuminar com essa primeira parcela, então estamos muito animados”, destacou.

Em âmbito estadual, a liderança é de Curitiba, onde serão injetados R$ 3,95 bilhões, seguida por Londrina, com R$ 513 milhões, e Maringá, com R$ 480 milhões. Ainda à frente de Ponta Grossa aparecem São José dos Pinhais, com R$ 371 milhões, e Cascavel, com R$ 314 milhões. Todos esses municípios têm mais de 100 mil trabalhadores formais. A maior média paga por pessoa está em Curitiba: R$ 4.139,88. Entre essas maiores cidades, Ponta Grossa tem um valor médio por pessoa superior ao de Maringá (R$ 2.786) e Cascavel (R$ 2.677), e inferior a Londrina (R$ 2.964) e São José dos Pinhais (R$ 3.583).

Recursos também circularão na região

Além de Ponta Grossa, há outros quatro municípios dos Campos Gerais na lista das 40 maiores cidades do Estado, divulgada pelo Dieese: Castro, Irati, Prudentópolis e Telêmaco Borba. Entre elas, o maior valor movimentado é em Telêmaco Borba, onde o 13º irá injetar R$ 62,74 milhões neste ano. Na sequência, aparece Castro, onde R$ 50,2 milhões serão pagos a 19,9 mil trabalhadores formais. Irati tem 12,6 mil trabalhadores formais, que receberão um total de R$ 28,2 milhões, enquanto que Prudentópolis terá R$ 16,7 milhões movimentados, pagos aos 7,9 mil trabalhadores com carteira assinada no município.