Dinheiro
Região movimenta R$ 16 bi em 2020 no comércio exterior
Fernando Rogala | 08 de janeiro de 2021 - 02:39
Exportações de 22 municípios da região somaram R$ 12 bilhões, enquanto que as importações atingiram R$ 4 bilhões
A região dos Campos Gerais movimentou mais de R$ 16 bilhões
em negócios com outros países no decorrer de 2020. Se somadas as importações e as
exportações registradas nos 12 meses em 22 municípios que fizeram negócios com
outros países, o valor atingido foi de R$ 16,18 bilhões, valor próximo aos R$
16,71 bilhões movimentados no ano anterior (2019). A redução aconteceu em função,
especialmente, da retração de 11,25% nas exportações, que baixaram de R$ 13,58
bilhões para R$ 12,05 bilhões. Queda que foi compensada, em partes, pela alta
de 31,7% nas importações, que saltaram de R$ 3,13 bilhões para R$ 4,13 bilhões.
Os números foram revelados na tarde desta quinta-feira (7) pelo Governo
Federal.
Quanto à balança comercial (subtrai o valor das importações das exportações) houve um saldo positivo (superavit) de R$ 7,91 bilhões. Pelo fato que houve um incremento nas importações e retração nas exportações, o superavit do período contabilizou uma queda de 24,19% - em 2019, o saldo da balança comercial ficou positivado em R$ 10,44 bilhões. Entre os 19 municípios da região que importaram, apenas sete reduziram as compras de produtos do exterior; enquanto que entre os que exportaram, oito tiveram uma baixa nos valores comercializados para outros países. Contudo, os dois principais municípios que exportam, Ponta Grossa e Ortigueira, reduziram o valor comercializado, em 13,04% e 30,19%, respectivamente.
Ponta Grossa manteve a liderança nas exportações, comercializando R$ 5,38 bilhões a outros países. Contudo, esse valor é R$ 808,04 milhões inferior aos R$ 6,19 bilhões vendidos em 2019. Ortigueira, que se manteve na segunda colocação, exportou R$ 2,2 bilhões, R$ 954,8 milhões a menos que os R$ 3,16 bilhões do ano anterior. As maiores retrações nas exportações, por sua vez, foram de Reserva (-61,7%) e Porto Amazonas (- 82,6%).
Nas importações, Ponta Grossa também lidera, com R$ 2,99 bilhões adquiridos de outros países. Tal valor é 22,8% superior aos R$ 2,44 bilhões contabilizados no ano anterior, 2019. Logo depois de Ponta Grossa, também é Ortigueira que se destaca, com um montante de R$ 483 milhões, valor mais de 11 vezes superior aos R$ 38,9 milhões de 2019. Na sequência se destacam Irati (R$ 156 milhões), Telêmaco Borba (R$ 123 milhões) e Palmeira (R$ 117 milhões). As maiores quedas nas importações foram registradas por Arapoti (64,6%) e Curiúva (83,2%).
O principal destino das exportações da região foi a China. O país recebeu R$ 2,18 bilhões em produtos dos Campos Gerais, o que corresponde a mais de 18% de tudo o que foi exportado pelos municípios da região. Também se destacam países como Coreia do Sul, França, Estados Unidos e Itália. Já nas importações há uma grande diversidade, com produtos vindos da China, Paraguai, Alemanha, Holanda, Finlândia, Itália, Rússia, entre outros.
Soja é o principal produto movimentado
Entre os produtos mais exportados da região, destaca-se a soja e seus derivados. Só esse produto correspondeu a R$ 3,87 bilhões comercializados de Ponta Grossa, ou seja, quase 70% dos R$ 5,58 bilhões. A soja também é o principal produto comercializado por municípios como Irati, Ipiranga e Palmeira. Porém também se destacam a celulose fabricada pela Klabin (R$ 2,2 bilhões produzidos em Ortigueira), papel cartão, também da Klabin (mais de R$ 1,5 bilhão, produzidos em Telêmaco Borba), embalagens Tetra Pak, e madeira (de Jaguariaíva, Telêmaco Borba, Imbituva, Ventania, Sengés, Prudentópolis, entre outras, também superando R$ 1,5 bilhão).
Brasil teve aumento no superavit
No Brasil, o panorama foi diferente do da região. A queda das importações em ritmo maior que o recuo das exportações fez a balança comercial encerrar 2020 com superávit maior do que em 2019. No ano passado, o país exportou US$ 50,995 bilhões (R$ 264 bilhões) a mais do que importou, alta de 6,2% em relação ao superávit observado em 2019. Pelo critério da média diária, que divide o saldo total pelo número de dias úteis, o crescimento somou 7%. No ano passado, o Brasil exportou US$ 209,921 bilhões, (R$ 1,08 trilhão) com recuo de 6,1% em relação a 2019 pelo critério da média diária. As importações somaram US$ 158,926 bilhões (R$ 824,7 bilhões), com retração de 9,7% também pela média diária.
Cidade | Valor (R$) | Variação |
Ponta Grossa | 5.388.757.990,84 | - 13,04 |
Ortigueira | 2.207.407.584,39 | - 30,19 |
Telêmaco Borba | 2.097.691.114,13 | 1,14 |
Jaguariaíva | 567.028.042,46 | 14,62 |
Castro | 402.459.369,28 | 9,20 |
Irati | 308.892.213,79 | - 0,75 |
Sengés | 228.397.508,81 | 31,10 |
Imbituva | 218.821.842,37 | 19,19 |
Ventania | 151.875.201,28 | 37,49 |
Prudentópolis | 117.954.594,12 | 11,65 |
Piraí do Sul | 81.020.267,65 | - 52,36 |
Ipiranga | 73.517.658,60 | 31,34 |
Carambeí | 53.008.530,46 | 40,47 |
Rebouças | 51.577.533,99 | 8,90 |
Palmeira | 41.590.462,87 | 63,60 |
Arapoti | 25.587.763,30 | 93,88 |
Curiúva | 12.294.375,54 | 38,25 |
São João do Triunfo | 10.796.119,24 | - 2,80 |
Reserva | 7.701.493,04 | - 61,75 |
Teixeira Soares | 4.098.811,86 | - 39,79 |
Fernandes Pinheiro | 1.997.744,24 | 17,36 |
Porto Amazonas | 139.418,05 | - 82,62 |
TOTAL | 12.052.615.640,30 | - 11,25 |