Dinheiro
Arrecadação federal na região se aproxima de R$ 2 bi
Fernando Rogala | 25 de junho de 2019 - 02:12
Valor recolhido na região nos cinco primeiros meses de 2019 é 11,3% maior que o registrado no ano passado
A arrecadação de tributos federais na região abrangida pela delegacia da Receita Federal do Brasil em Ponta Grossa se aproximou da marca de R$ 2 bilhões entre os meses de janeiro de maio. Em cinco meses, o fisco recolheu exatos R$ 1,98 bilhão junto aos 62 municípios que compõe a regional, que engloba cidades dos Campos Gerais e da região central do Paraná. Na comparação com o ano anterior no mesmo período, o valor é 11,3% maior em termos nominais, quando a arrecadação acumulada atingiu R$ 1,78 bilhão. Os dados foram divulgados oficialmente nesta segunda-feira (24).
Quando a análise ocorre somente referente ao mês de maio, foram obtidos R$ 352,2 milhões em tributos fazendários e previdenciários. Na comparação com maio de 2018, quando foram obtidos R$ 337,9 milhões, o valor é 4,2% maior, em termos nominais, que o registrado em maio de 2018; porém com queda real de 0,4%, se contabilizada a inflação do período de 12 meses (o IPCA foi de 4,66%). “Não estamos, porém, com a arrecadação aquém das demais delegacias do Paraná. Pelo contrário: observa-se que a arrecadação de maio da delegacia da circunstarão de Ponta Grossa, em termos nominais, está atrás apenas da de Cascavel, e à frente das delegacia de Cascavel, Londrina e Maringá”, aponta o delegado da Receita Federal em Ponta Grossa, Demetrius Soares. No Brasil, o valor obtido foi de R$ 113,27 bilhões, com acréscimo real (IPCA) de 1,92% em relação a maio de 2018.
Como Soares observa, dois tributos tiveram retração em maio na região: a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). “Esses mesmos tributos apresentaram crescimento bastante atípico no mês anterior (abril), e agora caíram. Acreditamos que o aumento expressivo do mês passado se relaciona com queda observada nesse mês de maio em função do mecanismo de cálculo do imposto”, justifica Soares. Como ele detalha, o recolhimento do imposto pode ser feito pelas empresas pela apuração de estimativas, mas pode fazer um balancete, atualizando os valores. “Contudo, no acumulado do ano, esses tributos apresentam um aumento nominal superior a 20%”, completa.
Tributos previdenciários sobem 9%
A contribuição previdenciária também registrou uma queda real no mês de maio, na comparação com o mesmo período em 2018. No ano passado, o valor foi de R$ 180,5 milhões, enquanto que em 2019, foi de R$ 183,8 milhões - ou seja, alta de 1,8%. “É uma arrecadação ligada à massa salarial. Foi um crescimento abaixo do observado nos meses anteriores, mas se observar maio de 2018, foi um valor bastante elevado. No acumulado do ano, porém, há elevação de 9%, o que, considerando o cenário econômico atual, é um desempenho bastante satisfatório”, completa Soares.