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Potencial de consumo regional atinge R$ 21,7 bi

Ponta Grossa concentra cerca de 40% do potencial de consumo dos Campos Gerais
Ponta Grossa concentra cerca de 40% do potencial de consumo dos Campos Gerais -

Valor que deverá circular na economia regional no decorrer do ano é R$ 545,5 milhões superior ao registrado em 2018 

Mais de meio bilhão de reais. Essa é a elevação do crescimento do potencial de consumo dos municípios da região dos Campos Gerais previsto para 2019, segundo o levantamento “IPC Maps”, realizado anualmente pela IPC Marketing Editora. O valor registrado em 2018, de R$ 21,15 bilhões, passou para R$ 21,70 bilhões nas 26 cidades dos Campos Gerais, o que representa um aumento nominal de 2,57%. Contudo, a inflação estimada para o período é maior que essa evolução, o que faz com que, em termos reais, houvesse uma queda. A participação do consumo regional no Brasil, que era de 0,476%, caiu para 0,463%. Os números foram revelados nesta terça-feira (7).

Ponta Grossa, maior município dos Campos Gerais, com o maior PIB, tem a maior participação nesse índice regional, representando 40% do consumo. Segundo o levantamento do IPC Maps, Ponta Grossa impactou negativamente nesse índice, pois, mesmo elevando em R$ 50 milhões seu potencial de consumo, ao passar de R$ 8,66 bi para R$ 8,72 bi, perde participação nacional ao cair de 0,195% para 0,186%, em função da inflação acumulada no período, projetada de 3,,89%. 

Porém, como explica o diretor da IPC Marketing Editora, Marcos Pazzini, outros municípios deverão ter um crescimento destacado, com crescimento real, inclusive de dois dígitos. “Castro, por exemplo, foi uma cidade que teve crescimento relativamente grande, com aumento destaque de 2018 para 2019. Então mesmo com Ponta Grossa caindo, outras cidades tiveram desempenho positivo, ficando melhor posicionadas, e compensaram”, informa. Castro, teve um potencial de consumo que passou de R$ 1,33 bilhão para R$ 1,55 bilhão, em alta nominal de 16,5%. 

Outro município que se destacou na região foi Telêmaco Borba. Se em 2018 o potencial era de R$ 1,75 bilhão, para 2019 esse valor saltou para 2,13 bilhões, ou seja, uma alta de 21,7%, que fez com que a cidade subisse da posição 29 para a 28 no ranking estadual. Por outro lado, o destaque negativo do estudo foi Ortigueira, que mesmo com o megainvestimento bilionário da Klabin, perdeu participação e teve retração inclusive nominal, ao reduzir o potencial de consumo de R$ 350 milhões em 2018 para R$ 337 milhões em 2019.

Entre as classes sociais, é a “C” (com rendimento mensal entre R$ 1,6 mil e R$ 2,9 mil) que tem a maior representatividade, de 41,3% no montante total, de R$ 7,7 bilhões. E a classe ‘A’ (rendimento médio de R$ 23 mil), embora represente 1,9% das residências, tem um potencial de consumo de 12,1%, superior aos 9,3% da classe ‘D’ (R$ 708 de rendimento médio) que possui 24,1% das residências. A classe “B”, com rendimento mensal entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, tem 37,4% do consumo regional.

Crescimento nacional é de 2,7%

No Brasil, o percentual cresceu 2,7%. Na contramão das últimas expectativas, a economia nacional tem potencial para movimentar cerca de R$ 4,7 trilhões. A previsão, baseada no índice de inflação IPCA de 3,89%, é do estudo IPC Maps 2019, especializado no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais. No Brasil, é a classe B que domina o consumo: ela representa 20,97% dos domicílios e encabeça o ranking com 38,41% (cerca de R$ 1,67 trilhão) dos recursos que serão gastos pelos brasileiros em 2019. Em âmbito nacional, o consumo de Ponta Grossa é o 78º maior do país.

Ponta Grossa ocupa a sexta colocação no ranking estadual

O ano de 2019 deverá trazer um incremento na movimentação financeira no comércio de Ponta Grossa. O levantamento “IPC Maps” aponta que o potencial de consumo municipal foi estimado em R$ 8,72 bilhões, somados os valores movimentados pela população urbana e rural. Na comparação com 2018, há incremento de 0,57% e estimativa de uma alta de R$ 50,19 milhões. Porém, a inflação cresceu mais que isso e a cidade perdeu participação no Brasil, e caiu da posição 68 para a 78 no ranking nacional. Já no estadual Ponta Grossa manteve a 6ª colocação, atrás apenas de São José dos Pinhais, Cascavel, Maringá, Londrina e Curitiba. 

Pelos números apresentados, observou-se uma mudança no perfil do consumidor local. A Classe “B”, que predominava no consumo em 2018, representando 44,6% da movimentação (R$ 3,8 bilhões), teve uma redução para R$ 3,1 bilhões, ocorrendo uma migração para a Classe “C”, que agora em 2019 predomina com 41,4% do consumo total, estimado em R$ 3,5 bilhões. Em 2018, o consumo da Classe “C” foi de R$ 2,8 bilhões. O consumo da Classe “A” também caiu: o montante de R$ 1,44 bilhão, que representava 16,9% do total agora foi reduzido para R$ 1,26 bilhão, e 14,8% do total. O valor movimentado pela Classe “D” cresceu de R$ 479 milhões (5,6%) para R$ 624 milhões (7,3%), o que representa que aumentou o número de pessoas menos favorecidas. 

Pela migração de classes sociais, com a redução do número de domicílios da classe B e aumento da D, o índice de consumo per capita caiu, de R$ 25,11 mil para R$ 24,81 mil. “Isso é ruim porque há o empobrecimento da população. A migração social negativa reduz o poder de compra”, completa Marcos Pazzini.

Imagem ilustrativa da imagem Potencial de consumo regional atinge R$ 21,7 bi
|  Foto: Geverson Dalzotto


Líderes

O desempenho dos 50 maiores municípios brasileiros equivale a 39,43%, ou R$ 1,848 trilhão. No ranking dos municípios, os maiores mercados permanecem sendo, em ordem decrescente, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, seguidos por Salvador, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre e Manaus.

Ranking regional

Município         Valor

Ponta Grossa    R$ 8,72 bi

Telêmaco Borba    R$ 2,13 bi

Castro    R$ 1,55 bi

Irati    R$ 1,45 bi

PrudentópolisR$ 0,97 bi

JaguariaívaR$ 0,78 bi

PalmeiraR$ 0,75 bi

ImbituvaR$ 0,59 bi

CarambeíR$ 0,59 bi

Arapoti    R$ 0,57 bi

Piraí do Sul    R$ 0,45 bi

Reserva    R$ 0,4 bi

Sengés    R$ 0,36 bi

Tibagi    R$ 0,36 bi

Ortigueira    R$ 0,33 bi

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