Governo anuncia medidas de incentivo ao transporte

No total, o governo revelou o aporte de R$ 2 bilhões destinados para o ‘pacote caminhoneiro'

Inúmeras medidas foram anunciadas, nesta terça-feira (16), para atender ao setor do transporte nacional. Entre elas estão uma linha de crédito especial, de R$ 500 milhões, destinada aos caminhoneiros autônomos para manutenção dos veículos, conclusão de obras e manutenção de rodovias, maior fiscalização quanto ao cumprimento da tabela do frete, dentre outras. No total, o governo revelou o aporte de R$ 2 bilhões destinados ao ‘pacote caminhoneiro’, para atender a algumas reivindicações do setor e evitar novas ameaças de paralisações. 

“Nós temos que lidar com uma realidade que é a escolha que o Brasil fez há cinco décadas, do modal rodoviário, e que precisa ser enfrentada para garantir respeito e valorização do trabalhador e o abastecimento da população brasileira”, disse o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Segundo ele, a falta de manutenção de veículos é um dos principais problemas que impacta na segurança das rodovias brasileiras. Manter as condições dos caminhões em ordem também tem um custo alto para os profissionais autônomos, segundo o ministro.

Para atingir especificamente os caminhoneiros autônomos, o credito será limitado àqueles que possuem no máximo dois caminhões registrados em seu nome. A linha de crédito deverá ser ofertada, inicialmente pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Cada caminhoneiro terá direito a R$ 30 mil para comprar pneus e outros equipamentos para fazer a manutenção dos seus veículos.

Entre as outras medidas anunciadas pelo Governo Federal estão investimentos para a conclusão e manutenção de obras nas principais rodovias do país, como a BR-163, BR-135 e BR-272; o incentivo para a criação de cooperativas de transporte, bem como a desburocratização da documentação aos caminhoneiros, com redução de intermediários; a fiscalização mais rígida quanto ao cumprimento da tabela de fretes e a construção de locais de repouso nas rodovias pedagiadas. 

Diesel tem política mantida

A política de precificação do diesel segue a mesma. Embora na última semana tenha ocorrido o anúncio de reajuste de 5,7% no preço nas refinarias, o qual foi suspenso a pedido do presidente Jair Bolsonaro, não houve alteração quanto a isso. Vale o que foi anunciado em março pela Petrobras, quando revelou que a periodicidade do reajuste desse combustível deveria ocorrer de, pelo menos, 15 em 15 dias, e que o valor segue baseado na cotação internacional do petróleo.