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Greve dos caminhoneiros afeta produção industrial

Sem transporte, não há matéria prima e nem a possibilidade de escoar a produção das indústrias, trazendo prejuízos

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Indústrias dos Campos Gerais e de todo o Estado do Paraná já começam a sentir os impactos das mobilizações dos caminhoneiros em mais de 20 estados brasileiros. Sem matéria prima, ou sem ter como fazer a distribuição dos produtos já produzidos, algumas empresas até anunciaram a interrupção da fabricação. Ainda assim, mesmo com a confirmação de prejuízos milionários, lideranças industriais, sindicatos e a Federação da Indústria do Estado do Paraná (Fiep) estão solidários à greve. 

Presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Ponta Grossa (Sindimetal), Alvaro Scheffer explica para as empresas desse setor o impacto é muito grande, maior, inclusive, que para o setor de transporte. “A produção, mesmo de itens que estão conseguindo produzir, não tem como fazer a entrega, então vai atrapalhando. É um transtorno muito grande na montagem, tem obras que estão paradas e o pessoal que está na empresa para montar não tem como produzir”, explica. Pelo fato de ser um setor que envolve muita mão de obra, o prejuízo é grande. “Por exemplo se tem mil pessoas paradas, vai resultar em um reflexo grande no faturamento e na arrecadação. A cada dia que passa o prejuízo é exponencial”, completa.

Outros setores industriais também são impactados diretamente, como os relacionados à agroindústria. A Alegra Foods, marca de carne suína da intercooperação Unium, Frísia, Castrolanda e Capal, por exemplo, anunciou a interrupção das atividades em sua indústria, localizada em Castro. “Diante dessa situação estamos paralisando nossas atividades hoje, nesta indústria são 1.500 colaboradores que serão dispensados em função da impossibilidade de expedição de produto acabado”, comenta Ivonei Durigon, Superintendente da Alegra Foods. A Alegra abate 3,2 mil suínos por dia e industrializa por mês 2,5 mil toneladas de carne.

Mesmo com todos os reflexos negativos, o presidente do Sindimetal aponta que há um apoio às mobilizações, considerando as reivindicações justas. “Achamos que a greve está correta, porque o Brasil está exagerando no preço dos combustíveis um país que não existe. Se querem vender diesel a preço intencional, precisamos ter um país com condições internacionais; ter navegação e ferrovias de primeiro mundo. Dividir os custos dos rombos da Petrobras com os brasileiros não é justo”, acrescenta Scheffer. 

Supermercados têm problemas pontuais em alguns setores

Nos supermercados, alguns produtos em específico começam a faltar, especificamente os mais perecíveis, como os do setor de hortifruti. Porém, de modo geral, ainda não há grandes problemas, explica o empresário Cesar Tozetto, que também é diretor da Associação Paranaense de Supermercados. Ele afirma não ter conhecimento, na região, de algum mercado que tenha alguma situação de grande falta de produtos. “Em linhas gerais está tranquilo. Há alguns problemas, como um caminhão de bananas, que é nosso fornecedor, que está parado na fila e vai jogar parte da carga fora. E um fornecedor de morango que perdeu a carga. Mas não dá para tratar a exceção como regra”, relata. Tozetto afirma compreender as reivindicações dos caminhoneiros e disse ser solidário a eles, porém acredita que os manifestantes poderiam ser mais solidários com relação aos produtos mais perecíveis.

Correria faz gasolina esgotar nos postos de PG

A gasolina acabou, na noite desta quarta-feira, em todos os postos de combustíveis de Ponta Grossa. Até o início da noite era possível encontrar etanol em alguns postos. Já o diesel, sem a circulação de caminhões, é encontrado mais facilmente na cidade. Helio Sacchi, presidente da associação dos Operadores dos Postos de Combustíveis de Ponta Grossa e região, em entrevista ao portal aRede, na tarde desta quarta-feira, assegurou que os estoque que os postos tinham condições de durar até sábado. Porém, com a correria e as filas que se formaram, que chegaram a um quilômetro em alguns postos em alguns momentos do dia, com motoristas que encheram o tanque, houve o esgotamento. Em alguns postos, a gasolina acabou na terça.

Questionado sobre um possível fim da greve, Sacchi explicou que haverá um tempo razoável para que os postos sejam ‘reabastecidos’. Até porque, segundo ele, os caminhões precisarão ir até a refinaria, onde a fila deverá estar grande. A partir do término, estima-se, pelo menos, 12 horas para começar a normalizar. 

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