Potencial de Consumo dos Campos Gerais atinge R$ 21,1 bi

A Região dos Campos Gerais possui oito cidades entre as mil com maior potencial de consumo do Brasil. A maior delas, Ponta Grossa, está entre as 100 maiores nacionais, ocupando a posição 68. A perspectiva para este ano é de que os 27 municípios registrem uma movimentação financeira de R$ 21,15 bilhões, valor que é quase R$ 1 bilhão maior que os R$ 20,18 bilhões previstos para o ano passado. As projeções foram revelados pela pesquisa IPC Maps, realizada anualmente pela IPC Marketing Editora. Em números nominais, o aumento no potencial de consumo da região dos Campos Gerais é de 4,8%. Caso descontada a inflação estimada para o período (IPCA), de 3,7%, a projeção é de uma elevação real no potencial na casa de 1%. 

No entanto, como o crescimento nacional será o maior que o regional, de cerca de 3%, a região perdeu participação. Se mantida o ‘share’ anterior, seriam quase R$ 200 milhões a mais injetados na economia regional. “De 2017 para 2018, a região composta pelos 27 municípios perdeu participação no cenário nacional: em 2017 participou com 0,48018% de tudo que foi consumido no país, enquanto que em 2018 essa participação será de 0,47603%, o que representará menos R$ 184,4 milhões no bolso da população dessas cidades”, informou Marcos Pazzini, diretor da IPC Marketing Editora.

Outro aspecto observado por Marcos Pazzini foi a redução do número de empresas nesses municípios, de 102,8 mil para 101,7 mil. “Maiores perdas ocorreram nos setores de serviços e comércio, devido à recessão dos últimos anos”, acrescenta o diretor. Conforme a pesquisa, a população estimada já superou a casa de 1 milhão, exatos 1.023.803 habitantes.

Entre os municípios, quatro superam a marca de R$ 1 bilhão. Depois de Ponta Grossa, cujo potencial se aproxima dos R$ 8,67 bilhões, Telêmaco Borba é a segunda, com potencial de R$ 1,7 bilhão, 29ª maior do Paraná e 377ª maior do país. Na sequência aparecem Castro (R$ 1,33 bilhão) e Irati (R$ 1,31 bilhão). Entre as que compõem o ‘top 1000’ nacional, a última é Imbituva, 8ª maior dos Campos Gerais e 73ª maior do estado, posição 985 do Brasil.

Entre as que mais elevaram sua participação no seu potencial de consumo nos Campos Gerais destacam-se Imbituva, que passou de 0,0112% de participação nacional para 0,0127%, subindo 8 posições no ranking estadual; e Curiúva, ao passar de 0,0053% para 0,0059%, escalando 16 posições no ranking estadual (de 156 para 140) e 171 posições no ranking nacional (de 2088 para 1917). Por outro lado, o destaque negativo ficou com Porto Amazonas, de 0,0025% para 0,0021%, perdendo 21 posições no ranking estadual.

Vendas chagarão a R$ 4,4 trilhões

Após um longo período de estagnação, as famílias brasileiras retomam os hábitos de consumo e devem movimentar R$ 4,4 trilhões na economia até o final deste ano, o que significa um aumento real de 3% em relação a 2017. Em termos regionais, o Sudeste segue liderando o consumo com 48,81% (ante 48,78% de 2017), seguido pelo Nordeste que mantém os 18,84% anteriores, e pela região Sul que, com praticamente um terço da população do Nordeste, amplia sua participação para 18,07% (contra 17,94%). O Potencial de Consumo do Paraná é de R$ 288,4 bilhões. Curitiba, capital do Estado, tem o maior potencial de consumo, de R$ 63,1 bilhões, o quinto maior do Brasil.