Empresas aguardam aprovação de PL para ocupar o IBC

Seguindo o exemplo do Mercado Municipal de Ponta Grossa, um barracão do Instituto Brasileiro do Café, o IBC, que estava há muitos anos ocioso no município, será reativado, sediando investimentos e gerando novas vagas de emprego. Três empresas irão se instalar no local, as quais irão aplicar cerca de R$ 2 milhões, e abrir, no mínimo, 116 vagas de emprego diretas. Os projetos de lei, para a cessão do uso do imóvel pelo período de dez anos, foram encaminhados à Câmara dos Vereadores em novembro do ano passado, junto com outras doações de áreas no Distrito Industrial, e agora as empresas apenas aguardam essa votação no legislativo para poderem executar seus investimentos.

As três empresas que irão se instalar no local (W.A.M móveis de escritório, Ampere do Brasil fios e cabos e TCM materiais de concreto) ficarão responsáveis, também, pela recuperação e manutenção do espaço utilizado por elas. Será um barracão apenas que sediará as três empresas, sendo que a Ampere ocupará um espaço maior, de 7.616,44m², e as outras duas receberão espaços semelhantes: 5.170,08 m² para a WAM e 5.101,20 m² para a TCM. “A recuperação seria muito cara para o município, então através da ação da Secretaria, mudamos a modalidade, para permissão de uso. Será uma importante recuperação do patrimônio público por parte de quem vai receber a área já construída”, explica Adilson Strack, coordenador municipal de Desenvolvimento Industrial, Comercial e Tecnológico.

O espaço, localizado no bairro Cará-Cará, na Avenida Tocantins, ao lado da Heineken, foi repassado pela Conab (Governo Federal) ao município na gestão do prefeito Pedro Wosgrau Filho, e estava sem uso há cerca de dez anos. Agora o local funcionará como uma espécie de condomínio industrial, que trará benefícios às empresas contempladas. “As empresas podem criar uma espécie de condomínio, dividindo os custos de segurança, portaria, água, luz. Tudo isso barateia entre três”, esclarece Strack, lembrando que o outro barracão é ocupado pela Prefeitura, pela Secretaria de Educação e Secretaria de Saúde. 

O coordenador acredita que essa votação ocorra neste ou no próximo mês, nas primeiras sessões da Câmara. Havendo a aprovação, o projeto vai para a sanção do Prefeito e, posteriormente, ocorrerá a assinatura de contratos e permissão de uso. Strack acredita que todo esse processo burocrático seja concluído ainda no primeiro semestre. “Precisamos ter agilidade, do quanto antes dar as condições aos empresários, para mais cedo iniciar e mais cedo terminar as obras. Dentro da lei, a partir da sanção, a empresa terá seis meses para iniciar as obras e dois anos para concluir. Mas elas devem iniciar em menos de seis meses e concluir em menos de um ano”, conclui. 

Maior investimento será de R$ 1 mi

O maior investimento a ser realizado entre as empresas será da Ampere do Brasil. Conforme o projeto de lei, a empresa que atua no ramo de fios e cabos elétricos se propõe a investir R$ 1,1 milhão e abrir, pelo menos, 41 vagas de emprego. Além da área do barracão, ela receberá uma outra construção, de 298 m², para instalar seu escritório. As outras empresas investirão cerca de R$ 900 mil, cada. Enquanto a W.A.M. móveis planejados e de escritório prevê abrir 46 oportunidades de emprego, a TCM artefatos de concreto projeta contratar, no mínimo, 29 pessoas de forma direta.

Outras sete empresas aguardam aval para aplicar R$ 96 mi

Outras sete empresas aguardam a aprovação do Projeto de Lei por parte do legislativo, que irão se instalar em terrenos no Distrito Industrial. Entre elas estão a Aldelphia Engenharia, Aler Comércio de Móveis, Buturi Log, Indústria e Comércio de Ração Ltda, Pedro Duarte/Kaiapós e Terraplanagem Zabel, que irão aplicar cerca de R$ 16,5 milhões. A outra indústria é o Madero, que injetará R$ 80 milhões para a terceira fase da fábrica na cidade. Essas empresas, junto com as que se instalarão nos barracões do IBC, irão gerar mais de 520 oportunidades no mercado de trabalho da cidade nos próximos dois anos.