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Concessão das rodovias paranaenses

Imagem ilustrativa da imagem Concessão das rodovias paranaenses

Por Edilson Gorte

Na segunda metade do ano de 2020, até início do segundo trimestre de 2021, muito se falou do final do atual contrato de Concessão das Rodovias do Paraná, e da nova Proposta para essa concessão vinda do Governo Federal. Nossa Assembleia Legislativa, através da Frente Parlamentar, percorreu o Estado realizando audiências e conversando com a população e com os setores produtivos, em busca do contrato ideal para essa nova concessão, fato muito importante, pois os maiores problemas de uma concessão começam por contratos mal feitos.

Mas, todos nós esquecemos de uma coisa tão ou mais importante que o contrato: a morosidade para o percurso de um processo dessa magnitude. Segundo o que está determinado em questão de prazos, e as etapas a serem seguidos, estão listados no site www.gov.br/infraestrura sendo eles: Estudos (já concluídos), Audiências Públicas (em andamento), Acordão do TCU (sem prazo definido), Edital (previsão 4º trimestre de 2021), Leilão (previsão 1º trimestre de 2022) e Contrato (previsão 2º trimestre de 2022).

Então, como vemos, haverá uma lacuna entre o término do atual contrato de concessão com o novo contrato. Provavelmente se seguir o cronograma estabelecido, teremos ai decorridos pelo menos de 9 (nove) meses.

Não podemos esquecer que esse novo contrato de Concessão necessita passar pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e ainda nem foi encaminhado. E lá ele será dissecado e analisado minuciosamente, o que levará um bom tempo, e para auxiliar mais um pouco para a lentidão do trâmite, no ano de 2022 teremos as eleições, e todos nós sabemos, o sistema político estará envolvido desde os primeiros dias do ano.

Nessa lacuna de “9 (nove) meses” – ooobaaa - não teremos mais pedágio, viajaremos de graça. Essa será a primeira reação das pessoas, se esquecendo que junto ao sem o pedágio, não teremos atendimentos aos usuários, banheiros limpos, cafezinho e água potável, lugar para descansar e repor as energias, socorros de guinchos e principalmente não teremos atendimentos imediatos de ambulâncias em caso de acidente, aonde minutos são fundamentais para salvar vidas.

Os contratos atuais das Concessões das Rodovias encerram agora no dia 27 de novembro de 2021. As estradas neste final de ano estarão cheias, pois com todos vacinados realizarmos nossas tão sonhadas viagens de férias de verão, tão esperadas pelas nossas famílias, e nossa segurança nas Estradas do Paraná, como estará?

Sem contar que em nossas rodovias, junto aos viajantes em férias, estarão passando também milhares de caminhões que transportam as riquezas de nosso país e os alimentos para todos os lugares.

Estou preocupado, muito preocupado com essa lacuna, pois são meus familiares, meus amigos e até eu mesmo estarei na rodovia, e que num infortúnio possa precisar desse atendimento de emergência. Pois em recente divulgação jornalística, uma das concessionárias citou números impressionantes de atendimentos a usuários nos 568 km administrados por ela. Números assustadores referente a 2020: são 78.000 (setenta e oito mil) atendimentos mecânicos, 5.600 (cinco mil e seiscentas) pessoas atendidas em situação de acidentes, o que significa que 1 (uma) pessoa é atendida a cada 2 (duas) horas. Isto somente em 25,85% das rodovias Pedagiadas, pois no Paraná são 2.197(dois mil, cento e noventa e sete) Km.

Isso não te preocupa também? O que na realidade queremos não é o fim dos pedágios, e sim uma cobrança justa pelos serviços prestados, pois sabemos que o Poder Público não tem condições de manter as rodovias.

Edilson Gorte é agricultor

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